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Grindr é acusado de compartilhar dados sobre HIV de usuários com agências de publicidade

O aplicativo está sendo processado judicialmente por suposta acusação de compartilhar informações pessoais dos usuários para as agências sem o devido consentimento

23 Abr 2024 - 19h48 | Atualizado em 23 Abr 2024 - 19h48
Grindr é acusado de compartilhar dados sobre HIV de usuários com agências de publicidade Lorena Bueri

O Grindr enfrenta uma ação judicial em Londres devido ao compartilhamento de dados de usuários para empresas de publicidade, de acordo a Bloomberg, em artigo publicado nesta segunda-feira (22), os dados divulgados envolvem etnia, orientação sexual, status de HIV e datas dos testes.

O aplicativo é uma rede social de namoro online para homens homossexuais, bissexuais, pessoas trans e pertencentes da comunidade queer que foi lançado em 2009 e tornou-se popular pela comunidade gay ao redor do mundo.

Reincidentes

De acordo com a moção, as empresas envolvidas no suposto compartilhamento dos dados são Localytics e Apptimize, que seriam reincidentes na acusação já que em abril de 2018, o aplicativo foi processado devido a intensa investigação do Buzzfeed News e da SINTEF, organização sem fins lucrativos norueguesa. Após o episódio, o Grindr admitiu que havia compartilhado os dados com as startups Localytics e Apptimize, alegando que pararia com a prática, mas de acordo ao novo processo, o compartilhamento dos dados não parou mesmo após denúncia e alegação.


Ilustração criada pelo Buzzfeed durante investigação das acusações ao Grindr (Reprodução: BuzzFeed News/Idil Gozde)


Processo atual

Além das informações fornecidas antes de abril de 2018, o processo também afirma que o Grindr forneceu dados dos usuários para as mesmas startups no período de maio de 2018 até abril de 2020, dois anos após assumirem culpe e dizerem que parariam com a prática.

Existe uma série de acusações ao aplicativo durante os últimos anos: o “The Wall Street Journal”, em relatório de 2022, informou que dados da localização precisa dos usuários do aplicativo estavam à venda há três anos; já em 2021, o aplicativo foi multado em US$ 6 milhões de dólares (equivalente a quase R$ 31 milhões de reais) pela agência nacional de proteção de dados da Noruega, devido a violação ao Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia, a agência informou que o Grindr usou do compartilhamento ilegal dos dados pessoais de terceiros para fins de marketing.

Foto destaque: logo do aplicativo Grindr (Reprodução: Unsplash)

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