O Grindr enfrenta uma ação judicial em Londres devido ao compartilhamento de dados de usuários para empresas de publicidade, de acordo a Bloomberg, em artigo publicado nesta segunda-feira (22), os dados divulgados envolvem etnia, orientação sexual, status de HIV e datas dos testes.
O aplicativo é uma rede social de namoro online para homens homossexuais, bissexuais, pessoas trans e pertencentes da comunidade queer que foi lançado em 2009 e tornou-se popular pela comunidade gay ao redor do mundo.
Reincidentes
De acordo com a moção, as empresas envolvidas no suposto compartilhamento dos dados são Localytics e Apptimize, que seriam reincidentes na acusação já que em abril de 2018, o aplicativo foi processado devido a intensa investigação do Buzzfeed News e da SINTEF, organização sem fins lucrativos norueguesa. Após o episódio, o Grindr admitiu que havia compartilhado os dados com as startups Localytics e Apptimize, alegando que pararia com a prática, mas de acordo ao novo processo, o compartilhamento dos dados não parou mesmo após denúncia e alegação.
Ilustração criada pelo Buzzfeed durante investigação das acusações ao Grindr (Reprodução: BuzzFeed News/Idil Gozde)
Processo atual
Além das informações fornecidas antes de abril de 2018, o processo também afirma que o Grindr forneceu dados dos usuários para as mesmas startups no período de maio de 2018 até abril de 2020, dois anos após assumirem culpe e dizerem que parariam com a prática.
Existe uma série de acusações ao aplicativo durante os últimos anos: o “The Wall Street Journal”, em relatório de 2022, informou que dados da localização precisa dos usuários do aplicativo estavam à venda há três anos; já em 2021, o aplicativo foi multado em US$ 6 milhões de dólares (equivalente a quase R$ 31 milhões de reais) pela agência nacional de proteção de dados da Noruega, devido a violação ao Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia, a agência informou que o Grindr usou do compartilhamento ilegal dos dados pessoais de terceiros para fins de marketing.
Foto destaque: logo do aplicativo Grindr (Reprodução: Unsplash)