Uma nova missão de satélite, liderada pelo Fundo de Defesa Ambiental (EDF), em colaboração com o Google, teve seu lançamento efetivado na última segunda-feira (04), a missão busca ajudar os cientistas a monitorar e analisar as emissões globais de metano provenientes da indústria do petróleo e do gás, além de contribuir com dados para ajudar as figuras políticas a reprimir as principais fontes e empresas responsáveis pelo excesso do gás com efeito de estufa.
Desenvolvimento e objetivo do satélite
Denominado de MethaneSAT, o satélite foi lançado durante a tarde da última segunda-feira (04), da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, através do foguete “Falcon 9” da SpaceX. O lançamento ocorreu após seis anos de planejamento e construção com um planejamento que envolve diversos parceiros, incluindo a Agência Espacial da Nova Zelândia, a Universidade de Harvard e outros.
A nova missão tem o objetivo principal de fornecer informações importantes à medida que as temperaturas globais aumentam. Dados mostram que a cada ano, a preocupação com o metano vem aumentando, estudos estimam que as emissões de metano podem ser responsáveis por até 30% do aquecimento do planeta. O metano tem uma vida útil mais curta na atmosfera do que o dióxido de carbono, mas é um gás de efeito estufa consideravelmente mais potente.
Demonstração do funcionamento do satélite (Foto: reprodução/ X/ @MethaneSAT)
Colaboração da Google e declaração da EDF
O Google se juntou ao projeto, fornecendo serviços de computação em nuvem para processar os dados que o MethaneSAT coleta enquanto circula pelo globo, além disso, a empresa também usará algoritmos de IA, baseados em imagens de satélite, para construir mapas de infraestrutura de petróleo e gás ao redor de todo o mundo. Esses mapas irão ajudar os pesquisadores a identificar as instalações exatas de onde se originam as plumas de metano.
O presidente da EDF, Fred Krupp, afirmou em um artigo publicado no site do MethaneSAT que acredita que a forma mais rápida de diminuir a taxa de aquecimento à medida que continuamos a descarbonizar os sistemas energéticos seja através da redução da poluição por metano proveniente das operações de combustíveis fósseis, da agricultura e de outros setores. Ele também reforçou que para fazer isso, serão necessários dados abrangentes sobre esta poluição em uma escala global e que o MethaneSAT será capaz de mostrar todo o escopo da oportunidade, rastreando as emissões até sua fonte.
Foto destaque: Lançamento do satélite através do foguete Falcon 9 da SpaceX (Reprodução/ X/ MethaneSAT)