No próximo dia 30 de outubro, segunda-feira, o Grupo dos Sete (G7), composto por Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e a União Europeia, anunciará um código de conduta voluntário para empresas que desenvolvem tecnologias de Inteligência Artificial (IA) avançadas. Esse acordo, revelado por um documento do G7, surge como uma iniciativa dos líderes dessas economias para atenuar os riscos e o uso indevido potencial dessa tecnologia emergente.
Origem da iniciativa
A jornada para essa regulação iniciou-se em maio, durante um fórum ministerial intitulado "Processo de IA de Hiroshima". O documento do G7, que destaca 11 tópicos cruciais, tem o objetivo de promover uma IA segura e confiável globalmente, fornecendo diretrizes para as ações de organizações que estão à frente no desenvolvimento de sistemas de IA avançados.
Entenda o que é Inteligencia Artificial e a importância em sua regulamentação (Vídeo: reprodução/YouTube/Olhar Digital)
O que o código propõe
O código enfatiza a importância de identificar, avaliar e mitigar riscos ao longo do ciclo de vida da IA. Instiga as empresas a solucionarem incidentes e padrões de uso indevido após os produtos de IA serem lançados no mercado. Adicionalmente, sugere que as empresas publiquem relatórios públicos detalhando as habilidades, limitações, o uso e a utilização indevida de seus sistemas de IA, além de investirem em controles de segurança robustos.
A Comissária Digital da Comissão Europeia, Vera Jourova, ressaltou que o Código de Conduta é um fundamento sólido para assegurar a segurança e servirá como uma ponte até que a regulamentação esteja em vigor. Essa iniciativa voluntária, além de ser um marco na maneira como as principais nações lidarão com a IA, reflete a crescente preocupação com a privacidade e os riscos de segurança associados a esta tecnologia.
No cenário brasileiro, a regulamentação da IA ainda enfrenta desafios significativos, o que eleva a relevância de iniciativas globais como a do G7, proporcionando insights valiosos sobre como promover a IA segura e responsável em um mundo cada vez mais digitalizado.
Foto Destaque: representação artística de Inteligência Artificial. (Reprodução/Getty Images/Total IP)