O saldo positivo do lado financeiro e comercial vem após o ingresso líquido de R$ 1,2 bilhão no mês de Outubro, quando no ano passado o lado financeiro ganhou US$ 506 milhões
A conta financeira ganhou US$ 506 milhões em termos líquidos em outubro, bem abaixo do ingresso de US$ 3,1 bilhões que havia sido registrado no mesmo período no ano passado. Se observa também o saldo positivo de US$ 748 milhões em contraste com a perda de US$ 2,3 bilhões no mesmo período de 2021.
Desde o superávit de julho, que girou em torno de US$ 1,8 bilhão, Outubro foi o segundo melhor mês do ano, além da maior entrada líquida dos últimos 5 anos, US$ 3,9 bilhões. Em 2021, o fluxo cambial havia ficado com saldo positivo de 766 milhões de dólares.
Toda semana o Banco Central divulga as informações de fluxo cambial, e toda a conversão é feita em dólares americanos.
Dólares Americanos. (Foto: Reprodução/Pixabay)
O fluxo cambial é dividido entre financeiro e comercial. O fluxo financeiro se refere ao mercado de capitais, ou seja, investimento no exterior, vendas de títulos e lucros externos derivados destes investimentos. Já o fluxo comercial está relacionado com as operações de câmbio em importações e exportações, tanto de produtos quanto de serviços. Logo, quanto mais importações, menos moeda estrangeira, a taxa fica em queda, quanto mais exportações, mais investimentos extrangeiro e mais moeda presente no país, elevando a taxa e o lucro.
O câmbio influencia também os investimentos, afinal, quando está em déficit, a taxa aumenta encarecendo as cotas dos investidores ávidos pelo lucro.
O fluxo também tem seu impacto direto na economia, pois quando está positivo, significa que a economia está relativamente estável, possibilitando o investimento do exterior, colocando mais moeda estrangeira em circulação e reduzindo o preço desta no país, impactando nos preços de serviços de turismo, combustível, alimentos e taxa de juros.
Foto Destaque: Moeda Real. (Reprodução/Pixabay)