Em comunicado, as autoridades norte-americanas informaram na terça-feira (9) que o FBI foi responsável por sabotar um conjunto de softwares com fins maliciosos usados por espiões russos, no que é mais um capítulo na saga de disputas virtuais entre as duas potências cibernéticas. Autoridades ainda afirmaram que os especialistas técnicos trabalhando pro FBI conseguiram identificar e desativar o malware usado pelo FSP, órgão executivo federal de segurança russo, contra computadores norte-americanos, algo que eles esperam ser um golpe decisivo contra um dos principais programas de espionagem cibernética vinda da Rússia.
"Acreditamos que essa seja a principal ferramenta de espionagem russa", informou uma das autoridades dos EUA para os jornalistas antes da notícia ser divulgada. Aparentemente, os EUA estão esperançosos de que a operação seja o suficiente para "erradir o campo de batalha virtual entre os dois países", já que o malware permitia que os usuários transmitissem informações roubadas através de hop points (pontos intermediários na circulação de dados) através do mundo em computadores infectados, criando um caminho quase indetectável.
Today, the #FBI released a joint #CyberSecurityAdvisory on Snake Malware, the most sophisticated cyberespionage tool designed by the Russian FSB. The CSA details Snake’s deployment, use, technical indicators, and recommendations for mitigation. Read more: https://t.co/UGJPCXDzjO pic.twitter.com/9NCGIYTSDR
— FBI (@FBI) May 9, 2023
Hoje, o #FBI lançou uma #CyberSecurityAdvisory no Malware Snake, a ferramenta de ciberespionagem criada pelo FSB russo. O CSA detalha o uso, indicadores técnicos e recomendações para mitigar o dano do Malware.
O funcionário entrevistado disse que os espiões do FSB e responsáveis pelo malware, comumente chamado de Snake, fazem parte de um perigoso grupo de hackers rastreado no setor privado conhecido como "Turla". O grupo já participa de uma variedade de atos ilícitos contra à Otan, agências governamentais e empresas de tecnologia dos Estados Unidos há mais de duas décadas.
Até o presente momento, nenhum diplomata russo se pronunciou a respeito de mensagens pedindo comentários sobre o assunto. Há tempos Moscou nega a existência de quasiquer espionagens cibernéticas implementadas pelo governo contra o mundo ocidental.
O FBI também está trabalhando com parceiros ao redor do globo para se certificar de que a funcionalidade internacional do malware Snake continue prejudicada. Agências de inteligência e de cibersegurança — junto de parceiros em países como a Austrália, Canada, Nova Zelândia e o Reino Unido — publicaram um comunicado conjunto na terça-feira descrevendo as capacidades técnicas do Snake e formas de consertar computadores aflingidos pelo vírus.
Foto destaque: Retratação de um funcionário técnico durante seu serviço. Reprodução/Shutterstock