A Meta definiu um novo plano para sua maior rede social, o Facebook: fazer com que ela ofereça ao usuário uma experiência mais parecida com a proporcionada pelo TikTok, fundado pela empresa chinesa de tecnologia, Bytedance.
A empresa deve fazer com que o feed do Facebook recomende posts de todas as origens (e não só das contas seguidas pelo usuário), agregar novamente à rede social o aplicativo Messenger e dar ainda mais destaque ao formato vídeo.
As informações foram apresentadas num comunicado interno da Meta, distribuído em abril pelo diretor do Facebook, Tom Alison. O comunicado foi obtido pelo site americano The Verge. O Instagram, que também pertence à empresa, já passou por adaptações para parecer mais com o TikTok, lançando a ferramenta Reels e reforçando cada vez mais o investimento nos conteúdos audiovisuais.
"As pessoas têm muitas escolhas sobre como querem gastar seu tempo, e apps como o TikTok estão crescendo muito rapidamente. E é por isso que o nosso foco nos Reels é tão importante no longo prazo", analisou Mark Zuckerberg.
Novas orientações foram dadas à equipe em abril deste ano. (Foto: Reprodução)
A consultoria especializada Sensor Tower estima que o número de downloads do TikTok foi 20% maior que o do Facebook em 2021. A rede social chinesa já se aproximava de 1,6 bilhão de usuários ativos mensais no primeiro trimestre de 2022, um crescimento de 45% em relação ao início do ano anterior, e mantém-se como o app mais baixado do mundo desde o início de 2018 (quando tomou esse posto do Whatsapp). No primeiro trimestre deste ano, foram computados mais de 175 milhões de downloads.
O Facebook, no entanto, tem mais usuários ativos (2,9 bilhões no primeiro trimestre de 2022) mas vem registrando crescimento mais lento. Em 2020, a rede social tinha em cerca de 31 milhões de usuários de até 25 anos, porém, segundo o eMarketer, o número vem diminuindo cada vez mais, prevendo terminar 2022 com 27 milhões de usuários.
Foto destaque: Batalha entre gigantes das redes sociais. Reprodução/rafapress/Shutterstock