Em parceira com a Box1824 e a Associação Brasileira de Startups, o Google for Startups realizou estudos para mapear o impacto e os principais desafios do desenvolvimento da inteligência artificial no Brasil. O estudo “O impacto e o futuro da inteligência artificial no Brasil” traz um mapeamento dos principais problemas enfrentados pelo setor no país.
Foram mais de 10 entrevistas e 700 empresas participantes que trabalham e desenvolvem I.A. O estudo mostra uma análise da perspectiva dessas startups, e coloca em pauta as dores e as soluções para o desenvolvimento dessa tecnologia no país.
“Quando falamos de Inteligência Artificial, estamos tratando de um setor que deve gerar US$ 13 trilhões de dólares no mundo até 2030. Para se ter uma ideia do mercado nacional, cerca de US$ 2,4 bilhões investidos em tecnologia na América Latina foram direcionados para o Brasil em 2020. O país é um campo aberto para o fomento de uma I.A. única no mundo e as dimensões continentais possibilitam explorar um mercado grande e com um ecossistema ainda em desenvolvimento.” Afirma André Barrence, diretor do Google for Startups para a América Latina.
Google for Startups. Reprodução: Paulo Liebert
De acordo com o relatório, o principal problema é a falta de mão de obra qualificada. Dados revelam que 57% das empresas que participaram da pesquisa acreditam que o déficit de funcionários especializados é o que mais prejudica o desenvolvimento da inteligência artificial.
Também foi apontado outro problema, a desigualdade regional, Os dados revelam que parte das empresas brasileiras se concentram no Sudeste e Sul do país. Já a região Norte, apenas duas startups foram mapeadas, mas ambas estão localizadas no Pará. Só em São Paulo, existem aproximadamente 2.700 startups voltadas para a área tecnológica. Segundo as pesquisas, o PIB da cidade é maior que a soma dos PIBs do Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina.
Segundo o Correio Braziliense, os estudos ainda apontam a falta de inclusão dentro das empresas de I.A. Os números revelam que apenas 5,5% das vagas são ocupadas por mulheres, 5,4% são ocupadas por pessoas negras, 5,1% por pessoas LGBTQIAPN+ e 4,8% por pessoas com deficiência. Os dados também mostram que de 49 startups, 40 foram fundadas por homens, sendo que 36 deles são brancos.
Foto Destaque: Sede Google. Reprodução: Sundry Photography/Getty Images