Nesta segunda-feira (2), durante o primeiro dia do 1º Simpósio Internacional da Transformação Digital do SUS, em São Paulo, ocorreu um debate sobre a importância de se garantir a preservação e a incorporação da ética no processo de digitalização do SUS.
O presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Arthur Chioro, abordou a necessidade de superar a desarticulação da informação, que é fortemente estratégica para a gestão atual, e a importância de acabar de vez com a fragmentação que dificulta a transformação digital do Sistema Único de Saúde (SUS).
Impacto da troca de governos
“Como dizia a presidente Dilma, os nossos dados são imbatíveis, não batem nada com nada”, Arthur Chioro, citando a ex-presidente Dilma Rousseff. Chioro também comentou que, durante o governo de transição, o diagnóstico era de que as políticas do SUS tinham sido desarticuladas ao longo dos anos anteriores, principalmente do ponto de vista da digitalização das informações.
“O processo de destruição ou a tentativa de destruição do SUS passava, entre outras coisas, por praticamente uma sabotagem, uma desarticulação do nosso sistema de informação”, destacou Chioro ao discursar. Na perspectiva dele, esta situação, que consiste em um atraso histórico, enfatiza a importância da digitalização dos processos como um dos aspectos fundamentais para aprimorar o sistema de saúde pública.
Banner de divulgação do 1° Simpósio Internacional da Transformação Digital do SUS em São Paulo. (Foto: reprodução/Divulgação/MS)
Referência para Inglaterra
O coordenador de informações digitais do NHS (Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra), Masood Ahmed, apontou que o Sistema Único de Saúde (SUS) serve de inspiração para iniciativas em seu país, mencionando medidas como a implementação para a expansão da cobertura de vacinação em determinadas regiões.
Ahmed reforçou diversas vezes a necessidade de transparência e controle social no uso e na divulgação dessas informações. Também destacou as preocupações éticas do público sobre esses dados e sobre como eles seriam coletados e armazenados.
Foto destaque: Tecnologia na medicina. (Foto: reprodução/freepik)