Durante o evento voltado aos fãs da Disney realizado na Califórnia, a D23, foi anunciado a primeira produção africana do estúdio, a Iwájú. A produção se destaca pelo contexto da safra de produções com temática afrofuturista. A série será produzida em parceria com Kugali, empresa de entretenimento Nigeriana.
A animação contará a história de uma herdeira,Tola, e um pobre menino, Kole, em uma versão futurista da cidade de Lagos, na Nigéria. O lançamento está previsto para 2023.
Lupita, ganhadora do Oscar, destaca a importância da representatividade no entretenimento, ela diz: "Quando criança, nunca tive um personagem que gerasse identificação com a cor da minha pele ou minha origem e isso é muito poderoso.”
O afroturista brasileiro, Ale Santos, autor do livro O Último Ancestral, diz que a ficção negra está cada vez mais conquistando seu espaço no mundo da cultura pop. Podemos citar filmes como Pantera Negra, diretores como Jordan Peele, álbuns como de Beyoncé, Doja Cat e The Weekend, que mostram o poder do afrofuturismo pelo mundo. Segundo ele, “É um movimento que veio para ficar e está em ampla expansão.”
ESSA AQUI PROMETE!
— Almanaque Disney (@almanaquedisney) September 10, 2022
Primeiras imagens de IWÁJÚ, série em formato longo produzida pela Disney Animation e pela empresa Pan-Africana Kugali.
Se passa em uma versão futurista de Lagos, na Nigéria, e conta a história de uma herdeira e um garoto pobre. #D23Expo #D23ExpoAD pic.twitter.com/XAd6eIoaWt
Primeiras imagens de IWÁJÚ (Reprodução/Instagram)
O autor ainda reforça, “O principal desafio para acelerar esse processo no Brasil é ir além. [...]. É mais seguro e conservador para uma televisão brasileira distribuir filmes do Jordan do que desenvolver novos roteiristas afrofuturistas para si”
No Brasil, segundo ele, existem nomes criativos dentro do movimento, como, Sandre Menezes, Lu Ain Zaila e José Roberto o Ogam. O livro dele, O Último Ancestral ganhará uma adaptação para a TV, então para ele “as coisas já estão em movimento para que o futuro seja grandioso para autores afrofuturistas nacionais”.
O eleito pela Forbesna lista de Inovadores Negros, completa que as grandes empresas de entretenimento estão aprendendo a contar histórias de culturas e pessoas ao redor do mundo, que até pocuo tempo atrás eram invisibilzadas. .
Foto Destaque: Iwájú. Reprodução/Twitter