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Como o Nubank causou a revolução no mercado de bancos digitais

Nubank surpreende com lucros recordes e conquista o mercado nacional, enquanto concorrentes enfrentam dificuldades. Modelo inovador desafia os bancos tradicionais.

10 Jul 2023 - 22h00 | Atualizado em 10 Jul 2023 - 22h00
Como o Nubank causou a revolução no mercado de bancos digitais  Lorena Bueri

David Vélez surpreendeu quando deixou sua carreira no setor de capital de risco em 2013 para fundar um banco digital no Brasil. A conquista mais recente ocorreu em 15 de maio, quando sua empresa Nubank superou as expectativas dos analistas ao registrar um lucro líquido de US$ 142 milhões no primeiro trimestre e uma receita de US$ 1,6 bilhão, um aumento de 87% em relação ao ano anterior.


Nubank criado em 2013 hoje ocupa uma das posições principais no mercado de bancos no Brasil (Foto: Reprodução/Depositphotos)


Considerando quantas outras fintechs estão enfrentando um crescimento lento e lucros escassos ou inexistentes, os resultados foram ainda mais impressionantes. As ações do Nubank, negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, subiram 30% desde o relatório, subindo o seu valor de mercado para US$ 37 bilhões e a participação de Vélez para praticamente US$ 8 bilhões, correspondendo a uma participação de 21%.

Atualmente, o Nubank possui surpreendentes 46% dos adultos do Brasil como clientes. Em apenas dois anos, sua base de clientes mais do que dobrou, chegando a 80 milhões de pessoas no Brasil, México e Colômbia. Tudo isso é realizado com apenas 8 mil funcionários.

Por outro lado, o Chime, o banco digital de maior sucesso nos EUA, tem menos de 20 milhões de usuários registrados (número não divulgado). No ano passado, durante a desaceleração do crescimento,o banco demitiu 12% de sua equipe e agora vale muito menos do que os US$ 25 bilhões em que foi avaliado durante uma rodada de financiamento em 2021, durante o boom das fintechs impulsionado pela pandemia.

Vélez considera completamente previsível que o Nubank supere seus concorrentes. Ele afirma que isso acontece mais rapidamente em mercados emergentes do que em economias desenvolvidas como os EUA ou a Europa, devido à maior dor do consumidor que está sendo abordada nos mercados emergentes. Essas palavras foram ditas pelo executivo, em uma entrevista à Forbes.

Uma década atrás, quando o Nubank foi lançado, cinco bancos brasileiros controlavam 80% do mercado, lucrando com empréstimos com taxas de juros anuais de 200% a 400% e cobrando taxas mensais por diversos serviços, desde proteção contra fraudes até alertas de mensagens de texto.

Enquanto a maioria dos bancos digitais dos EUA começou com uma conta corrente e um cartão de débito, o Nubank lançou-se com um cartão de crédito sem taxas. Isso foi possível porque eles não precisavam de uma licença bancária para emitir um cartão, e a maioria dos emissores de cartões no Brasil cobrava taxas.

Foto Destaque: Nubank. Reprodução/Depositphotos

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