O cantor Jão fará a turnê "Pirata" em outubro desse ano, e, dos 25 shows, pelo menos 22 já foram esgotados — algumas datas extras foram abertas por conta da demanda. Atualmente, o cachê do cantor está em torno de R$ 350 mil em São Paulo, e R$ 250 mil em outros estados. O faturamento mensal da U.F.O (produtora musical de Jão) está em R$ 3 milhões a R$ 4 milhões, que, quando passado para um valor anual, fica em R$ 36 milhões.
No ano de 2019, o cachê de Jão em São Paulo era de R$ 90 mil, registrando um aumento de 288%. Quanto ao faturamento, o crescimento é de 1700%.
Jão conheceu Pedro Tófoni e Renan Silva na faculdade, eles eram estudantes da ECA-USP (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo). Nesse período, o cantor descobriu que queria subir em palcos, e não trabalhar em agências de publicidade. Os dois amigos acreditaram em seu potencial, e assim desenvolveram uma estratégia.
Primeiro álbum de estúdio de Jão, "Lobos" (Foto: Reprodução/Instagram)
A U.F.O em seu início era uma rede de apoio ao cantor. “Eu nem me chamava de diretor criativo, filmava as coisas que ele precisava”, disse Tófani. Renan Silva estudava relações públicas, e ficou encarregado de tratar as questões de contrato, contabilidade e gerenciamento de carreira. Jão, além de cantar, realizava a produção musical.
Dentro de suas primeiras estratégias, eles decidiram gravar clipes de gêneros variados, indo de Beyoncé a Marília Mendonça. Tófoni ressalta que eles traziam uma produção diferente, voltada para o pop e eletrônica. Os vídeos eram produzidos como se fossem clipes, e acabaram viralizando nas redes sociais. Dessa forma, Jão pôde divulgar produções autorais, e as suas primeiras foram "Ressaca" e "Álcool", no ano de 2017. A U.F.O recebeu um contrato por parte da Universal Music; porém, eles não tinham CNPJ. Silva pontua que esse foi o momento em que começaram a pensar como um negócio.
Foto Destaque: Capa do álbum "Pirata" de Jão. Reprodução/Forbes.