Nesta última quinta-feira (19), a União Europeia solicitou ao Tiktok e a Meta (empresa dona do WhatsApp, Instagram e Facebook) que apresentassem suas medidas para conter o compartilhamento de informações falsas ou materiais com conteúdos que violem os direitos humanos em suas plataformas sobre o atual conflito em Israel. O país enfrenta hoje o 14º dia de conflito após o ataque dos Hamas, que bombardeou Israel no dia 7 de outubro, e que até agora já causou mais de 4.000 mortes entre israelenses e palestinos.
Medidas adotadas pela União Europeia
Thierry Breton, o comissário europeu encarregado da supervisão digital do bloco, havia enviado cartas de advertência não apenas a estas plataformas, mas também ao YouTube e outras empresas salientando os perigos que o conflito apresenta. "Em nossas conversas com as plataformas, pedimos especificamente que elas se preparassem para o risco de transmissões ao vivo de execuções pelo Hamas”, disse Breton. O comissário também comentou sobre o motivo do intuito em adotar e aplicar essas medidas “Estamos buscando garantias de que as plataformas estão bem preparadas para tais possibilidades".
Com a implementação de novas normativas da União Europeia em agosto, as empresas de tecnologia agora enfrentam exigências adicionais em relação ao conteúdo postado por usuários, estendendo-se além de suas próprias diretrizes de uso. O objetivo é impedir a disseminação e publicação de materiais que possam promover discursos de ódio, mostrar violência explícita ou outras violações aos direitos humanos.
Bandeira de Israel (Foto: reporodução/Thắng-Nhật Trần/Pexels)
Consequências da desinformação
O compartilhamento de desinformações propaga narrativas distorcidas, o que intensifica a polarização social e reforça concepções preexistentes da sociedade, instigando violência e ódio e causando uma divisão na população. Principalmente com os eventos recentes que vem acontecendo, a desinformação pode moldar erroneamente a narrativa de um conflito, desviando a compreensão pública da realidade.
A comissão europeia deu um primeiro prazo até a próxima quarta-feira, dia 26 de outubro, para comentar sobre o assunto e responder as dúvidas da União Europeia sobre as medidas que as empresas estão adotando para conter a disseminação de informações falsas. Um segundo prazo para responder sobre a proteção da integridade das eleições e sobre a segurança das crianças ficou definido para o dia 8 de novembro.
Foto destaque: Smartphone com diversos aplicativos. Reprodução/Lisa Fotios/Pexels.