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Cientistas usam IA para auxiliar na descoberta da imortalidade

O objetivo do estudo é auxiliar os seres humanos a terem uma vida mais longeva e saudável, potencialmente curando doenças causadas pelo envelhecimento das células, como tumores

06 Set 2023 - 17h57 | Atualizado em 06 Set 2023 - 17h57
Cientistas usam IA para auxiliar na descoberta da imortalidade Lorena Bueri

O dispendioso esforço de descobrir e desenvolver novos medicamentos pode ser significativamente reduzido com o auxílio da nova tecnologia de inteligência artificial, como demonstrado por um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, como é mais conhecido), em parceria com a startup estadunidense Integrated Biosciences. 

A parceria se deu com o objetivo de descobrir drogas capazes de ampliar a longevidade humana e, através disso, também combater certas doenças.

Detalhes a respeito da pesquisa

Os cientistas envolvidos no projeto recentemente publicaram um estudo denominado “Discovering small-molecule senolytics deep neural networks” (“Descobrindo moléculas pequenas e senolíticas com redes neurais profundas”) na edição de Maio da revista Nature Aging.

Colocando de maneira simplificada, o principal objetivo dos cientistas é utilizar a tecnologia de machine learning para auxiliar e facilitar o desenvolvimento de novas drogas, sendo que o foco principal do estudo é descobrir compostos químicos que são capazes de afetar e potencialmente eliminar “células zumbi”, apelido das células senescentes que estão diretamente envolvidas com o envelhecimento do corpo e de doenças relacionadas, como o câncer, diabetes e até problemas cardiovasculares.

“Descobrir uma nova droga é tão difícil quanto procurar uma agulha em um palheiro”, disse Felix Wong, físico e matemático americano e o principal autor do estudo, bem como um dos fundadores da Integrated Biosciences, durante entrevista à BBC News. “No caso da nossa pesquisa, o palheiro consiste de todos os produtos químicos já criados ou que ainda estão para ser desenvolvidos”, completou.


Felix Wong, principal autor do estudo (Foto: Reprodução/MIT&Felix Wong).


Wong e sua equipe de pesquisadores utilizaram a tecnologia emergente de inteligência artificial para testar e documentar os resultados de mais de 800 mil compostos químicos, na esperança de encontrar as drogas que conseguem combater os efeitos das ditas células zumbi.

Em testes fechados de laboratório, principalmente com o auxílio de ambientes simulados, os pesquisadores reduziram o número de compostos relevantes para meros 216 e, após uma rodada de testes mais extensiva e manual, chegaram à conclusão de que 3 desses poderiam ser utilizados para eliminar as células senescentes. 

O auxílio da IA na descoberta dos compostos químicos

A técnica de triagem empregada pela Integrated Biosciences dá esperança aos cientistas quanto ao uso mais amplo da inteligência artificial para o desenvolvimento de novas drogas e medicamentos. Mas esse incrível avanço na tecnologia também traz uma preocupação bastante relevante — a possibilidade das mentes de Boston, principal área de pesquisa em biomedicina, serem substituídas pela IA em certos nichos. 

Mas segundo Jim Collins, que faz parte do conselho de consultoria da Integrated Biosciences, a “aplicação da inteligência artificial no campo da biotecnologia ainda é algo recente e que precisa ser estudado mais a fundo”. De acordo com Collins, Boston e Cambridge ainda são os principais polos de desenvolvimento de biotecnologia no mundo, mas os grandes responsáveis pelo avanço na inteligência artificial são empresas como o Google, Microsoft, Facebook e a Amazon, todas presentes na costa oeste dos Estados Unidos. 

E conforme o uso de IA é integrado ao desenvolvimento e pesquisa para a criação de novas drogas, Collins acredita que uma nova geração de biotecnologia deve surgir vinda de ambos os locais, mas o campo da biologia, liderado pelas mentes brilhantes de Boston, deve permanecer como foco principal.

Foto destaque: Tubo de ensaio em cima de tabela periódica. Reprodução/Unsplash & Vedrana Filipović.

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