Na madrugada deste sábado (18), ocorreu a chuva de meteoros Leônidas. Este evento astronômico anual é caracterizado por rastros luminosos que parecem emanar da constelação de Leão. O material observado é resultado da passagem da Terra pelos detritos deixados pelo cometa Tempel-Tuttle, que completa uma órbita elíptica ao redor do Sol a cada 33 anos.
O astrônomo Paulo Pereira comentou ao portal O Globo que “em cada uma dessas voltas, à medida que o cometa se aproxima da nossa estrela [o Sol], parte do gelo na superfície dele se aquece e se quebra, dispersando partículas de rocha e poeira ao longo de sua trajetória.”
Chuva que atinge a terra não é perigosa (Foto: reprodução/J Golby/stock.adobe.com/GZH Ciência e Tecnologia)
Evento astronômico de 2022
Ano passado, o Observatório Heller & Jung foi uma das organizações que registrou o fenômeno, o astrônomo Carlos Jung afirmou na época que "o meteoro proporcionou uma linda imagem dando a impressão que passou atrás da Lua. Ele teve uma passagem rápida de 1,41 segundos."
Durante o fenômeno da chuva de meteoros Leônidas, é comum observar uma média de 15 meteoros no intervalo de uma hora, além de três ou quatro bolas de fogo por minuto. No entanto, neste ano o resultado da chuva de meteoros não está sendo considerada uma tempestade, onde se observa uma média de 1.000 meteoros por hora. A última vez que tal fenômeno foi observado foi em 2001.
O que dizem os especialistas
O pico da chuva de meteoros Leônidas ocorreu entre 2h e 5h da manhã. Para uma observação ideal, especialistas recomendaram estar em um local com pouca poluição luminosa. A alta poluição pode atrapalhar a visibilidade do céu, dificultando a observação das chamadas "estrelas cadentes".
A chuva de meteoros Leônidas não representa riscos à Terra, pois as partículas dos cometas são destruídas ao entrar em contato com a atmosfera terrestre. Portanto, além de ser um fenômeno interessante para observar, é também seguro.
Foto Destaque: detritos deixados pelo cometa Tempel-Tuttle formam a chuva de meteoros Leônidas (Reprodução/AFP/NASA/O Globo)