A China anunciou planos para uma missão lunar inédita, programada para o próximo ano. Esta missão, chamada de Chang'e-6, visa coletar as primeiras amostras do lado oculto da lua. Este anúncio, feito na última quinta-feira (05), vem como parte das ambições crescentes de Pequim no espaço. O objetivo é intensificar a exploração lunar e construir uma estação internacional de pesquisa na Lua nesta década.
Avanços na preparação da missão
A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) informou que os preparativos para a Chang'e-6 estão progredindo bem. Um satélite retransmissor, que acompanhará a missão, deve ser lançado no primeiro semestre de 2024. A CNSA também antecipou sua missão Chang'e-8 para 2028. Esta decisão foi revelada durante o Congresso Astronáutico Internacional, realizado em Baku, Azerbaijão.
Colaboração internacional ampliada
Com a expedição planejada para 2028, a China busca colaborações de "nível de missão" com outros países e organizações. A proposta inclui trabalhar em conjunto no lançamento e operação de naves espaciais, interações entre espaçonaves e exploração conjunta da superfície lunar. Esta colaboração também abrirá espaço para 200 quilogramas de cargas científicas estrangeiras na missão. Parceiros internacionais terão a oportunidade de conduzir pesquisas lunares em associação com a China.
Missão chinesa na lua visa coleta de dados para possível exploração (Vídeo: reprodução/YouTube/Além da Astronomia)
Planos extensivos para o futuro
Os esforços da China no espaço já renderam marcos considerados impressionantes. Em 2019, o país enviou um veículo espacial para o lado oculto da lua. Em seguida, completou a construção de sua estação espacial orbital Tiangong e anunciou planos de enviar uma missão tripulada à lua até 2030. Além dessas iniciativas, Pequim espera coletar dados valiosos das próximas missões para construir uma estação de pesquisa permanente no pólo sul lunar até 2040.
Competição e cooperação global
A competição espacial global se intensifica à medida que várias nações buscam benefícios científicos, prestígio nacional e acesso a recursos lunares. No mês passado, a Índia pousou sua nave espacial Chandrayaan-3 na lua. Já os Estados Unidos aceleram seu programa lunar visando levar astronautas à lua em 2025. Ambos os países, juntamente com a China, reconhecem a importância da colaboração internacional em seus respectivos programas espaciais.
Foto Destaque: representação da missão Chang’e-6 no lado oculto da lua. Reprodução/China National Space Administration/CNN