Segundo o site de notícias sobre tecnologia Tom's Hardware, a polícia de Edina, cidade localizada no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, suspeita que nove roubos, nos últimos seis meses, foram cometidos com o uso de bloqueadores de sinal Wi-Fi implantados junto às residências com o intuito de desativar câmeras de segurança e facilitar a ação dos ladrões, tendo em vista que, com o dispositivo ativado, as evidências de vídeo incriminatórias ficam indisponíveis aos investigadores.
Bloqueador de sinal (Foto: reprodução/The Signal Jammer/Canaltech)
Os bloqueadores de sinal wi-fi são dispositivos geralmente pequenos e fáceis de transportar que têm o poder de congestionar o espectro e interromper o sinal de internet em determinados locais. Dessa forma, os criminosos conseguem bloquear o acesso remoto às câmeras de segurança, sistema de alarme e outros dispositivos conectados à rede.
Crime organizado
As investigações apontam que o modo de operação dos criminosos se baseia, primeiramente, em vigiar e, em seguida, aproveitar a oportunidade para invadir a casa vazia. Com a implementação do dispositivo de bloqueio de sinal, além da neutralização do sistema de câmeras de segurança, a comunicação por meio de redes sem fio fica comprometida, impedindo que os moradores façam o monitoramento da residência, chamem a polícia ou se comuniquem com vizinhos. Facilitando, portanto, a invasão e o roubo dos bens valiosos da vítima.
Legalidade
Apesar do "jammer" ser proibido nos EUA, ele pode ser comprado facilmente em plataformas de venda online. Os preços variam de 40 a 1.000 dólares. No Brasil, o uso de bloqueadores é restrito à área governamental, portos e aeroportos e segurança pública ou militar. E seu uso requer anuência prévia da Anatel.
Foto Destaque: invasão à residência e sistemas de monitoramento (Reprodução/ Pixabay)