Nos últimos meses foi possível perceber diversos fenômenos solares em diferentes regiões do planeta Terra, as auroras boreais apareceram em diversas regiões inusitadas do globo, chamando a atenção de todos os amantes de fenômenos naturais. Porém, a atividade solar intensa também gera consequências negativas para a vida na Terra. Segundo especialistas o pico de energia solar deve durar até outubro.
O ciclo solar
Assim como tudo que existe no universo, nosso sol também tem um ciclo, são atividades que acontecem em sua superfície a cada 11 anos. Quando a atmosfera solar fica mais efervescente, ela lança chamas conhecidas como ventos solares, liberando parte da sua massa pelo Sistema Solar.
Quando essas proeminências atingem o pico de temperatura e energia, as chamas são conhecidas como máxima solar. Mesmo com os ciclos sendo bem estáveis, as vezes o sol apresenta oscilações ou estabilidade que podem durar centenas de anos. Segundo estudos, o Sol viveu um forte pico até 1985, tendo suas atividades reduzidas após o período.
Essa energia chega até a Terra através de ondas eletromagnéticas carregadas de energia e, embora o campo gravitacional proteja o planeta de boa parte da energia, os resquícios dessa energia chegam aos dois polos e geram as auroras boreais.
Ilustração do efeito da tempestade solar no campo magnético da Terra (Foto: Reprodução/NASA)
Consequências negativas
De acordo com os cientistas, a atividade intensa do sol pode gerar várias tempestades geomagnéticas que baterão recordes históricos. A maior tempestade já registrada aconteceu em 1859 e gerou diversas panes nos sistemas elétricos. Se algo semelhante aparecesse hoje, os sinais de internet e GPS seriam prejudicados.
Esses problemas ocorrem devido a perturbação na magnetosfera gerado pela energia solar que chega à Terra. Assim, as transmissões de rádio e cortes de eletricidade podem ser comuns até outubro. Outra consequência que pode gerar problemas a nossa vida cotidiana são os danos em satélites e conectividade, já que eles estão fora da nossa atmosfera e, portanto, recebem a energia solar de forma mais direta.
A última vez que o planeta sofreu com essas tempestades solares foi em 2003, quando foi classificada como G5, a mais intensa da escala e gerou quedas de energia na Suécias e queimou transformadores na África do Sul.
Foto Destaque: Ventos solares sendo liberados pelo Sol (Reprodução/NASA)