A Airbus UpNext começou a testar uma nova tecnologia em um modelo A350-1000. Trata-se de uma tecnologia de apoio aos pilotos, conhecida como DragonFly (que significa “libélula”, em inglês), que permite que a aeronave faça desvios emergenciais, pousos automáticos e auxilie no taxiamento da aeronave em solo. O objetivo, segundo a Airbus, é avaliar a possibilidade do sistema tornar as operações mais seguras e eficientes. A fase de testes terminará em três meses.
A chefe do demonstrador DragonFly, Isabelle Lacaze, afirmou que “esses testes são uma das várias etapas na pesquisa metódica de tecnologias para aprimorar ainda mais as operações e melhorar a segurança”. Além do mais, “inspirados pela biomimética, os sistemas que estão sendo testados foram desenhados para identificar características na paisagem que permitem que uma aeronave ‘enxergue’ e manobre com segurança de forma autônoma dentro de seus arredores, da mesma forma que as libélulas são conhecidas por terem a capacidade de reconhecer pontos de referência”, acrescentou.
Sensores do sistema DragonFly. (Foto: Reprodução/Airway)
Se por algum motivo, o piloto perder a capacidade de controlar o avião, o sistema poderá detectar esta falha e desse modo, automaticamente, selecionará o aeroporto mais próximo e adequado para redirecionar a aeronave até lá.
Durante uma simulação, em que um integrante da tripulação estava incapacitado, a nova tecnologia conseguiu colaborar com o outro piloto durante o pouso e taxiamento da aeronave, sendo capaz de elaborar um novo plano de voo e se comunicar com o Controle de Tráfego Aéreo e o Centro de Controle de Operações da companhia aérea. Tudo isto levando em consideração os fatores externos, como condições climáticas e terreno.
Além disso, a empresa testou no Aeroporto de Toulouse-Blagnac, na França, uma inovação que fornece aos pilotos alertas sonoros em reação a obstáculos e controla a velocidade, o orientando pela pista utilizando o mapa do aeroporto. A Airbus ainda espera auxiliar os pilotos instaurando uma nova geração de algoritmos baseados em visão computacional. Para que o sistema DragonFly funcione em voos comerciais, é necessário que a FAA (Administração Federal de Aviação) aprove primeiro.
Foto Destaque: Airbus. Reprodução/Forbes