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A primeira escola feita com impressora 3D está em Madagascar

A campanha "Thoughtful Giving" também busca arrecadar 350 mil dólares para a construção de mais 12 edifícios até o final deste ano, algo que pode auxiliar com o problema de analfabetismo ao redor do mundo.

05 Jun 2023 - 17h35 | Atualizado em 05 Jun 2023 - 17h35
A primeira escola feita com impressora 3D está em Madagascar Lorena Bueri

A primeira escola feita com impressora 3D está em Madagascar, através da iniciativa de uma organização sem fins lucrativos. O projeto foi idealizado para combater a falta de acesso à educação que assola mais de 250 milhões de jovens ao redor do globo.

Originária dos Estados Unidos, a organização fundada por Maggie Grout usa tecnologias para construir escolas sustentáveis e, ainda mais surpreendentemente, ela deu início a esse empreendimento com apenas 15 anos de idade. Colhendo os frutos do trabalho árduo, o grupo conseguiu fundar a primeira escola do mundo inteiro feita por impressora 3D em parceria com o Studio Mortazavi, um escritório de arquitetura com raízes em São Francisco, Lisboa e Paris.

"Eu fundei a Thinking Huts depois de me interessar pelo potencial da tecnologia, em específico a de impressão 3D, para criar novas soluções arquitetônicas", ela disse ao Interesting Engineering.

Maggie também disse que a tecnologia seria "como a lei de Moore". Conforme for sendo replicada, os custos diminuirão e ela será utilizada de maneira mais ampla. "Por isso pensei que essa seria uma ótima oportunidade para resolver um problema real no mundo", completou. 


Uma das salas de aula da escola fundada em Madagascar (Foto: Divulgação/Thinking Huts) 


A escola foi fundada em um terreno de 16 mil metros quadrados e está localizada na cidade de Fianarantsoa, em Madagascar. A intenção é que ela atenda alunos locais desde o período de educação infantil ao ensino médio. O país do sudeste africano foi escolhido pela ONG dentre outras sete nações que serviriam como bons pontos de partida para iniciar o experimento. Essa escolha se deu pela estabilidade política e a economia emergente da nação. 

Segundo relatório publicado pela UNESCO, o Madagascar tem uma taxa de alfabetização de 64,5% entre os aldutos e cerca de 64,9% entre os jovens. Somado a isso, a região tem um grande potencial de crescimento e energia renovável, em função de suas condições geográficas. Maggie informou que sua empresa também formou uma parceria com a Universidade de Administração e Inovações Tecnológicas (EMIT) em Madagascar para ajudar na construção dos edifícios da escola. 

A iniciativa atualmente conta com laboratórios, quadras esportivas, bibliotecas, salas de música, informática e arte. A escola tem um design simples, em formato de colmeia, para facilitar possíveis reformas futuras, caso se faça necessário. O local também está equipado com painéis soláres e jardins verticais, para auxiliar em sua sustentabilidade.

Segundo os arquitetos Yash Mehta e Bruno Silva, da Defining Humanity, a escolha dos materiais foi algo bastante deliberado. A impressora usou um tipo de concreto feito para ser justamente usado em impressoras, modificado para que solidifique o bastante para que a próxima camada seja impressa em cima. O telhado é de madeira leve, reduzindo as cargas estruturais de modo a torná-lo mais econômico. 

Cerca de 22 mil salas de aula são necessárias, no momento, para atender todas as crianças do país, já que cerca de 780 mil dos alunos em idade primário ainda não estão matriculados.

Foto destaque: Escola feita com impressora 3D construída em Madagascar (Foto: Divulgação/Thinking Huts)

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