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A importância da tecnologia moderna para desvendar o passado do Egito

A aplicação da tecnologia de fluorescência de raios-X permite aos profissionais desvendar os mistérios do Egito Antigo escondidos em suas pinturas e peças de arte há muito danificadas por mãos humanas.

07 Ago 2023 - 17h53 | Atualizado em 07 Ago 2023 - 17h53
A importância da tecnologia moderna para desvendar o passado do Egito Lorena Bueri

Não é segredo que as paredes das tumbas dos grandes faraós egípcios podem nos ensinar muito a respeito da vida desses antigos reis e do cenário político e religioso da época, mas com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, ela é capaz de nos auxiliar a desvendar esses mistérios, também. 

O que as pinturas revelam sobre o passado

Em geral, as pinturas das tumbas retratam o falecido junto de seus familiares próximos participando de atividades de cunho religioso, desfrutando de banquetes suntuosos ou caçando nas margens do Nilo. 

Infelizmente, muitos dos túmulos que poderiam conter pistas importantes sobre o passado foram saqueados ao longo da história e irreparavelmente danificados pela falta de cuidado tanto dos caçadores de tesouro estrangeiros quanto dos primeiros arqueólogos, quando a ocupação ainda era nova e inexplorada. Como resultado, grande parte das pinturas milenares foram danificadas no processo, apesar do auxílio oferecido pelo ambiente árido em sua preservação.

Essas seções danificadas das pinturas, muitas vezes irreconhecíveis, são reconstruídas, em sua maioria, através de palpites educados por parte dos profissionais. Mas um novo estudo, publicado no site Plos One, revelou que uma técnica baseada na fluorescência de raios-X portátil (cuja sigla é pXRF, em inglês), pode ser utilizada para analisar materiais antigos e identificar os resquícios das decorações e pinturas apagadas com o tempo, mesmo as que já estão completamente invisíveis ao olho humano. 

Como as pinturas eram feitas?

As luxuosas decorações em tumbas, que foram concebidas para refletir o poder e o apreço nutrido pela pessoa falecida, atingiram seu ápice de extravagância na 18º dinastia egípcia, por volta de 1550 a.C. na cidade de Tebas (atualmente Luxor). A realeza egípcia passou a ser enterrada, em sua grande maioria, no Vale dos Reis e no Vale das Rainhas, como uma forma de proteger os corpos dos falecidos de saqueadores de tumba.

Os membros da corte, por outro lado, eram enterrados ao longo das margens do Nilo, ao oeste, próximo aos templos mortuários dos faraós que serviram enquanto estavam vivos. E embora seus túmulos carecessem do esplendor dos grandes reis, eles ainda eram cuidadosamente escavados a partir da rocha, criando câmaras funerárias que mais tarde seriam cobertas com reboco, de modo que os artistas pudessem enfeitá-las com pinturas decorativas e de propósito ritualístico.


O faraó caçando às margens do Nilo (Foto: reprodução/Uol).


Uma curiosidade interessante é o fato de que os pigmentos egípcios eram feitos à base mineral, algo que nos permite identificar marcados químicos específicos que indicam seus resquícios com o uso da fluorescência de raios-X, permitindo a reconstrução das áreas danificadas. 

 

Foto destaque: Arte encontrada em murais egípcios, retratando o faraó e seus deuses. Reprodução/Uol

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