No último domingo (16), o navio de guerra norte-americano USS Milius navegou pelo estreito de Taiwan. Hoje (17), a Marinha dos Estados Unidos explicou que era um trânsito “rotineiro”. Fato este que ocorre após a China encerrar três dias de exercícios militares ao redor da ilha.
A China não aceita a independência de Taiwan que é vista como uma província rebelde e quer reunificar a ilha ao continente. Em contrapartida, Taiwan é um estado independente, com uma Constituição, Forças Armadas e partidos políticos próprios. A maioria da população não quer uma união com a China.
Uma recente reunião da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, com o presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Kevin MCCarthy, e alguns outros encontros acende um alerta para o governo chinês, que demonstra força e coragem para uma possível guerra.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, se encontra com o presidente da Câmara dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, em Simi Valley, na Califórnia — Foto: Ringo H.W. Chiu/AP
No último mês a China cercou Taiwan para realizar operações militares, onde praticou ataques de precisão e bloqueou a ilha. Logo após esse episódio fechou um contrato milionário para compra de mísseis e armamento de guerra.
A República Popular da China faz pressão diplomática para que os países em todo o mundo não reconheçam Taiwan como um estado independente. Embate esse que ocorre desde 1949 após a revolução de Mao Tsé-Tung e fundação da República Popular Chinesa, que jamais exerceu poder sobre a ilha.
O escudo de silício é uma analogia a indústria de chip semicondutores, do qual o silício é a matéria prima. E de que dependem desde fabricantes de aviões de combate até o seguimento de painéis solares, setor de vídeo games e instrumentos médicos. Taiwan é líder na indústria global de semicondutores. Status esse que protege e afasta uma possível guerra com a China.
Taiwan conta com poucos países que credibilizam seu Estado Soberano e mantém relações diplomáticas. Apenas 15 países no mundo, entre eles estão: Paraguai, Haiti e o Vaticano.
Foto destaque: Helicóptero de guerra chinês durante exercícios militares perto de Taiwan, em 9 de agosto de 2022 — Foto: Forças Armadas da China/Via Reuters