Durante o G77, o presidente brasileiro declarou neste sábado (16) que considera ilegal o embargo contra Cuba. Ele também falou sobre mudanças climáticas e formas de enfrentamento a comportamentos antidemocrático e discurso de ódio.
O presidente falou que: "É de especial significado que, neste momento de grandes transformações geopolíticas, esta cúpula seja realizada aqui em Havana. Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo".
Embargo dos Estados Unidos a Cuba. (Foto: reprodução/Wikipedia)
O embargo
O embargo contra Cuba é uma política de longa data mantida pelos Estados Unidos desde a década de 1960. Essa medida econômica e comercial proíbe a maioria das transações entre empresas e cidadãos americanos e entidades cubanas. O embargo foi inicialmente imposto como resposta à Revolução Cubana liderada por Fidel Castro, que levou à nacionalização de propriedades americanas em Cuba.
Durante sua presidência, Barack Obama tomou medidas para normalizar as relações entre os Estados Unidos e Cuba, relaxando algumas restrições e reabrindo embaixadas. No entanto, essas mudanças foram revertidas parcialmente durante a presidência de Donald Trump, e em 2022, Joe Biden recolocou Cuba na lista de países que os EUA afirma não colaborar na luta contra o terrorismo.
Mudanças climáticas e conteúdos antidemocráticos
Durante seu discurso o presidente também falou sobre Mudanças Climáticas, e sobre o uso de plataformas digitais para combate e enfrentamento de conteúdos antidemocráticos e discursos de ódio.
Lula cobrou investimentos no financiamento de ações nos países em desenvolvimento para combate ao desequilíbrio climático por parte dos países mais ricos. De acodo com ele: "O princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas permanece válido. É por isso que o financiamento climático tem que ter assegurado a todos os países em desenvolvimento, segundo suas necessidades e suas prioridades".
O presidente ainda afirma que "o projeto de diretrizes globais para regulamentação de plataformas digitais, da Unesco, equilibra a liberdade de expressão e o acesso à informação com a necessidade de coibir a disseminação de conteúdos que contrariam a lei, ou ameaçam a democracia e os direitos humanos".
O presidente Lula terá ainda neste sábado (16) uma reunião com o presidente Miguel Diaz Canel, o presidente de Cuba, que integra um regime de governo desde 1959.
Foto Destaque: Lula durante o G77, em Cuba. Reprodução/Poder 360