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Marina Silva deixou audiência por se recusar a tolerar ataques de cunho discriminatório

Marina Silva afirmou que permanência em sessão da Comissão de Infraestrutura validaria postura ofensiva nas declarações do senador Plínio Valério (PSDB-AM)

03 Jun 2025 - 10h14 | Atualizado em 03 Jun 2025 - 10h14
Marina Silva deixou audiência por se recusar a tolerar ataques de cunho discriminatório Lorena Bueri

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, explicou ter deixado uma sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado após declarações do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que segundo ela tiveram conteúdo misógino, racista e machista. A ministra afirmou que sua permanência representaria conivência com um comportamento incompatível com o debate institucional.

Motivos da saída da audiência

Durante a audiência, realizada para discutir a criação de uma unidade de conservação na Margem Equatorial, Marina Silva foi confrontada por Plínio Valério, que declarou: “a mulher merece respeito, a ministra, não”. Em resposta, com o microfone desligado, Marina disse: “Eu sou as duas coisas. O senhor está falando com as duas coisas”.


Conflito entre Marina Silva e Plínio Valério (Vídeo: reprodução/YouTube/Terra Brasil)


A ministra relatou ter proposto uma solução imediata ao senador. Segundo ela, ofereceu a oportunidade de retratação, afirmando que permaneceria se houvesse um pedido de desculpas. Diante da recusa do senador, Marina se retirou da sessão. “Dei a oportunidade do senador se desculpar. Pedi: se o senhor me pedir desculpas, eu permaneço. Se não, eu me retiro”, afirmou em evento na Universidade de Brasília (UnB).

Ela justificou a decisão com o argumento de que continuar na audiência representaria cumplicidade com condutas que considera inaceitáveis. “Se eu permanecesse, estaria sendo cúmplice com o ultraje que ele estava fazendo, com uma visão misógina, com o machismo, racismo, que deve ser repudiado por todas nós”, disse.

Reações e implicações políticas

A decisão de Marina Silva foi seguida de manifestações de apoio por parte de autoridades do governo federal. O episódio se insere num ambiente político marcado por tensões em torno de projetos ligados ao meio ambiente, como o Projeto de Lei do licenciamento ambiental, criticado pela ministra.

A conduta do senador durante a audiência reacendeu o debate sobre o tratamento institucional a representantes de grupos historicamente marginalizados. Marina afirmou que atitudes desse tipo extrapolam divergências políticas e desrespeitam os princípios mínimos do exercício público.

O episódio também reforçou o posicionamento da ministra em defesa de limites no discurso parlamentar e da responsabilização por declarações que, segundo ela, ultrapassam o campo político e adentram o campo pessoal com caráter discriminatório.

Foto Destaque: ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Reprodução/Instagram/@marinasilvaoficial)

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