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Vítimas de Mariana buscam compensação bilionária em Ação na Holanda

Advogados iniciam ação na Holanda solicitando 3 bilhões de libras em compensação da Vale e Samarco para quase 1.000 empresas e mais de 77.000 indivíduos afetados pelo desastre

19 Mar 2024 - 19h24 | Atualizado em 19 Mar 2024 - 19h24
Vítimas de Mariana buscam compensação bilionária em Ação na Holanda Lorena Bueri

Uma nova ação judicial foi iniciada na Holanda, por advogados que representam vítimas do rompimento da barragem de Mariana, ocorrido em 2015. Essa ação busca cerca de 3 bilhões de libras esterlinas (3,8 bilhões de dólares) das empresas de mineração Vale e Samarco em nome de quase 1.000 empresas e mais de 77.000 indivíduos afetados pelo desastre. O anúncio foi feito nesta terça-feira (19).

Detalhes da ação

O processo foi instaurado pela Stichting Ações do Rio Doce, uma fundação holandesa sem fins lucrativos. O protocolo foi feito na Holanda pelas empresa holandesa “Lemstra Van der Korst” e britânica “Pogust Goodhead”, representando os interesses das vítimas.

A ação na Holanda é um desdobramento das medidas legais tomadas no Brasil e na Inglaterra, visando responsabilizar as subsidiárias holandesas Samarco Iron Ore Europe BV e Vale Holdings B pelas consequências do rompimento da barragem. Os advogados alegam que as subsidiárias desempenharam um papel fundamental no desastre e buscam uma compensação de R$ 18 bilhões pelos danos causados às vítimas e às comunidades afetadas.

Resposta da Vale

Em resposta, a Vale reafirmou seu compromisso com a reparação integral dos danos e informou que já destinou R$ 36,51 bilhões para ações de reparação e compensação, executados pela Fundação Renova, criada por meio de acordos extrajudiciais.

Um juiz federal brasileiro determinou que a Vale, a BHP e a Samarco devem pagar R$ 47,6 bilhões em indenizações, uma decisão que não se aplica às vítimas individuais. Este processo aberto na Holanda é uma extensão dos esforços contínuos para garantir justiça e compensação para aqueles afetados pelo desastre.


gsw

Rio Doce tomado pela lama da barragem (Foto: reprodução/Apolo Lisboa/Carta Capital)


Contextualização

O rompimento da barragem de Mariana, em novembro de 2015, resultou em um gigantesco deslizamento de lama que matou 19 pessoas e causou danos ambientais significativos, afetando o Rio Doce e diversas cidades nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

O rompimento da barragem em Mariana é considerado um dos maiores desastres ambientais da história do Brasil, resultando em danos irreparáveis ao meio ambiente e à vida das comunidades afetadas. A ação judicial na Holanda representa mais um capítulo na busca por justiça e compensação pelas vítimas do desastre de Mariana, que agora aguardam os desdobramentos legais dessa iniciativa internacional.

Além das implicações financeiras, o processo destaca a importância da responsabilidade corporativa e da busca por medidas reparatórias em casos de desastres ambientais de grande escala.

Foto destaque: Distrito de Bento Rodrigues, em Minas gerais, após o rompimento da barragem da Samarco (Reprodução/Wikimedia Commons/Revista Galileu)

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