Nesta quinta-feira (15) ocorreu o evento de simulação do projeto de uso da biometria nas urnas eletrônicas. Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), compareceu ao evento e disse que a partir do projeto piloto vão verificar se vale a pena, se esse procedimento é necessário e se vai melhorar o teste de integridade no momento da eleição.
O teste será voluntário e acontecerá em 18 estados, sendo todos os equipamentos conferidos pela Justiça Eleitoral e com o total de 640 urnas. O presidente ainda explicou que é preciso que o teste seja feito na própria sessão para que o eleitor não precise se deslocar mais de uma vez para a realização.
A biometria é mais uma forma de garantir que o processo eleitoral está acontecendo de forma correta, mesmo que até hoje não existam fraudes comprovadas pela polícia federal em urnas eletrônicas. Esse teste já vem sendo realizado da mesma forma desde 2002: “É exatamente o que vocês viram. O teste é absolutamente idêntico nestes 20 anos. A urna é sorteada e levada aos TREs. O teste serve para verificar que o programa da urna garante que o voto do eleitor é o voto computado”, afirmou o presidente para a imprensa.
Alexandre de Moraes. (Foto/Reprodução: Poder 360)
A iniciativa do projeto foi feita como sugestão do Ministro da Defesa para Alexandre de Moraes, em razão dos questionamentos feitos pelas Forças Armadas sobre o processo eleitoral. O eleitor voluntário que quiser participar do teste não terá seu voto contado mais de uma vez e aqueles que não tiverem sua biometria cadastrada não serão impedidos de votar na seção eleitoral comum.
Nas eleições de 2018, cerca de 85 milhões de pessoas já estavam biometrizadas e a expectativa é que 100% do eleitorado já esteja apto para votar dessa forma em 2026. Os eleitores que já têm a biometria cadastrada poderão utilizar o aplicativo e-Título como identificação, que pode ser baixado nos serviços de distribuição de aplicativos como App Store e Google Play.
Foto destaque: Urna eletrônica. Reprodução/TSE