Na cúpula do G7 nesta quinta-feira (18), o chefe de política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, fez um alerta: o Oriente Médio está à beira de uma guerra regional. Ele ressaltou que é a situação entre Irã e Israel pode se tornar ainda mais grave e analisou como este conflito afetaria o mundo.
No início deste mês de abril, um consulado iraniano na Síria foi bombardeado. O Irã acusa as forças israelenses pelo ataque e no último final de semana lançou mísseis contra Israel em retaliação.
As sete maiores potências mundial estão reunidas na Itália (Foto: reprodução/Remo Casilli/GettyImages Embed)
Reunião do G7
Está acontecendo em Capri, na Itália, um encontro entre as sete maiores potências mundiais, denominada G7. Logo após chegar para a reunião, Borrell expressou sua preocupação e declarou que as retaliações não podem ser cada vez mais graves ou isto inevitavelmente resultará em uma guerra regional, que irá refletir em todo o mundo e principalmente na Europa. Ele também ressaltou que o apoio humanitário para Gaza não aumentou de forma significativa e tem sido insuficiente.
Na quarta-feira (17), o ministro britânico de negócios estrangeiros, David Cameron, havia solicitado que as maiores economias do mundo coordenassem sanções contra o Irã para demonstrar união diante dos últimos acontecimentos. Os Estados Unidos da América também pretendem implementar novas sanções ao Irã após o ataque.
Israel ameaça um grande ataque ao Irã
O Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, defendeu uma reação intensa de Israel ao recente ataque iraniano. Ele expressou que a resposta israelense deve ser suficientemente forte para fazer o governo de Teerã se arrepender de ter considerado um ataque. Ele sugeriu que a retaliação deveria ser tão poderosa a ponto de “abalar Teerã”, estabelecendo um precedente para dissuadir futuras agressões.
O ministro enfatizou que a natureza da resposta de Israel definirá sua postura estratégica na região. Ele acredita que a resposta deve ser uma demonstração de força que ressoe em todo o Oriente Médio, uma região onde, segundo ele, a força é a linguagem predominante. Também destacou a importância de Israel manter alianças estratégicas com os Estados Unidos e outros aliados, mas alertou contra restrições que possam limitar a capacidade de ação de Israel.
Com o aumento das tensões, líderes internacionais pediram cautela, enquanto Israel pondera sobre a extensão e a natureza de sua resposta ao Irã.
Foto Destaque: guerra entre Irã e Israel é iminente segundo União Europeia (Reprodução/Bloomberg/GettyImages Embed)