Diante de desavenças internas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou em um vídeo nas suas redes sociais, nesta quinta-feira (31), a demissão de dois membros de alto escalão do serviço de segurança nacional por traição ao seu país.
Segundo Zelensky, o ex-chefe do departamento de Segurança Interna do Serviço de Segurança da Ucrânia, Naumov Andriy Olehovych, e o ex-chefe do Escritório do Serviço de Segurança em Kherson, Kryvoruchko Serhiy Oleksandrovych, “não decidiram onde fica a sua pátria”.
O líder ucraniano afirmou que os oficiais “violaram o juramento militar de fidelidade ao povo ucraniano quanto à proteção do Estado, sua liberdade e independência”, mas não especificou o motivo das demissões.
Além do ocorrido, Zelensky declarou que a situação no sul do país, principalmente nas regiões de Donbass e Mariupol, permanece “extremamente difícil” e afirmou que o exército russo, a quem chamou de “monstros”, continua reunindo força militar na cidade de Mariupol. A guerra na Ucrânia chega ao 37° dia nesta sexta-feira (01).
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Foto: Reprodução/Isto É)
“Haverá batalhas pela frente. Ainda precisamos percorrer um caminho muito difícil para conseguir tudo o que queremos”, declarou o presidente da Ucrânia em seu pronunciamento diário.
Zelensky diz que as forças ucranianas fizeram os russos recuarem da capital, Kiev, e da cidade de Chernihiv, enquanto Moscou alega que as duas cidades não são mais o foco dos ataques, no que a Rússia chama de “operação especial”, pois agora buscam assegurar as regiões separatistas de Donbass e Luhansk, no sudeste do país.
Representantes da Rússia e Ucrânia devem se reunir virtualmente nesta sexta-feira (01) para mais uma rodada de negociações sobre o conflito. Na última negociação entre os países, a Rússia havia concordado em cessar os ataques nas áreas próximas de Kiev e em Chernihiv, mas no dia seguinte foram reportados ataques russos a capital ucraniana. Com isso, Volodymyr Zelensky afirmou que a Ucrânia não tem motivos para confiar na Rússia.
Foto Destaque: Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Reprodução/Reuters