A forte turbulência ocorrida no voo SQ321, da Singapore Airlines, deixou dezenas de pessoas feridas, entre passageiros e tripulação e uma pessoa morta, na última segunda-feira (21/05). Dois dias após o incidente aéreo, o Hospital Samitivej Srinakarin, que recebeu parte das vítimas, divulgou um boletim médico, informando que 22 pessoas apresentam algum tipo de lesão na coluna vertebral e medula espinhal em diferentes níveis. Outras 17 pessoas precisaram passar por cirurgias na mesma região do corpo. Além disso, os exames mostraram que 13 pessoas estão com algum tipo de problema muscular ou ósseo, e outras seis pessoas sofreram lesões cerebrais.
Avião perdeu quase mil metros de altitude em 60 segundos
O Boeing 777-30ER saiu de Londres na noite da última segunda-feira (21/05) com destino a Singapura. Com pouco menos de duas horas para finalizar o trajeto, o comandante da aeronave percebeu uma variação anormal na velocidade e altitude do avião. Às 7h49 UTC (horário local), a forte turbulência fez com que o Boeing passasse por uma alta queda de velocidade, indo de 37.000 pés para 33.825 pés (o que corresponde a diminuição de 967 metros de altura), em apenas um minuto.
Após estabilizar a aeronave, o comandante desviou o voo para o aeroporto de Bangkok e solicitou ambulâncias médicas para atender os feridos. Haviam 219 pessoas a bordo, sendo 211 passageiros e 18 tripulantes. Destes, 71 ficaram feridos em diferentes graus e 55 continuam hospitalizadas. Um passageiro britânico de 73 anos não resistiu e faleceu de ataque cardíaco.
Registros feitos após turbulência em voo da Singapore Airlines (Foto: Reprodução/X/Ian Miles Cheong)
Feridos estavam sem o cinto de segurança
A principal causa dos ferimentos o não uso do cinto de segurança pelos passageiros. Como estavam tomando café da manhã no momento, muito foram arremessados para o alto e bateram no teto. As bagagens guardadas nos compartimentos, alimentos que estavam no salão e as máscaras de oxigênio chegaram a cair. Entre os feridos, havia pessoas de diferentes países como Estados Unidos, Espanha, Irlanda, Nova Zelândia, Austrália, Reino Unido e Malásia.
Registros fotográficos mostraram os estragos na parte interna do Boeing, com muitos equipamentos e objetos quebrados ou danificados. Todos os passageiros e tripulantes passaram por exames médicos ainda no aeroporto para verificar se havia algum tipo de lesão. As 143 pessoas, entre tripulantes e passageiros que não apresentaram nenhuma anormalidade, seguiram em outro voo da mesma companhia para Singapura.
Foto destaque: Boeing 777-30ER da Singapore Airlines (Reprodução/Flickr/Aero Icarus)