A seca extrema no Amazonas, que resultou na morte de 110 botos e tucuxis na região de Tefé, é uma situação alarmante. Esses eventos trágicos representam cerca de 5% das populações dessas espécies, gerando preocupação entre pesquisadores e ambientalistas. A causa das mortes ainda não está clara, mas há suspeitas de que as altas temperaturas das águas estejam relacionadas.
Causa da morte dos animais ainda é desconhecida. (Foto: reprodução/Miguel Monteiro/Instituto Mamirauá)
Impacto da seca e El Niño
O agravante dessa estiagem é o fenômeno climático El Niño, que eleva a temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico. Isso tem um impacto significativo nos rios amazônicos, reduzindo o nível da água e afetando o abastecimento e o transporte na região. Além disso, as altas temperaturas da água, chegando a 40ºC, podem estar diretamente ligadas às mortes dos cetáceos.
Equipes de resgate de cetáceos estão em ação, cuidando dos animais sobreviventes e mantendo-os em uma piscina temporária até que as investigações sejam concluídas. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está liderando as investigações para determinar as causas das mortes e implementando medidas de proteção para as espécies afetadas.
Ação e alerta ambiental
Essa seca extrema não apenas ameaça a vida dos animais, mas também impacta a população local. A mobilidade na região é prejudicada, e os custos de vida aumentam devido à falta de acesso a recursos naturais. Os botos, conhecidos como sentinelas da qualidade da água, destacam os impactos ambientais e a urgência de lidar com as mudanças climáticas e o aquecimento global.
A situação no Amazonas serve como um lembrete da necessidade crítica de ações para preservar o meio ambiente e mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas. A conscientização e a cooperação global são fundamentais para enfrentar esses desafios e proteger nosso planeta para as futuras gerações.
Foto destaque: Mais de 100 botos vermelhos e tucuxis foram encontrados mortos no lago Tefé.Reprodução/Miguel Monteiro/Instituto Mamirauá