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Trump apoia a maconha como uso recreativo para maiores de 21 anos na Flórida

Ele enfatiza acabar com a prisão de adultos por posse de pequenas quantidades de maconha, demonstrando apoio a pesquisas sobre o uso medicinal da substância

10 Set 2024 - 08h00 | Atualizado em 10 Set 2024 - 08h00
Trump apoia a maconha como uso recreativo para maiores de 21 anos na Flórida Lorena Bueri

Donald Trump, ex-presidente e atual candidato republicano, anunciou seu apoio à Emenda 3, no último domingo (8), que visa legalizar o uso recreativo da cannabis (nome científico da maconha) para maiores de 21 anos na Flórida. O referendo ocorrerá em 5 de novembro, durante a eleição presidencial em que Trump concorre contra Kamala Harris. 

Ele defende o fim das prisões de adultos por pequenas quantidades de maconha e apoia pesquisas sobre seu uso medicinal. Essa posição destaca divisões no Partido Republicano, especialmente em relação a outros membros, como o governador Ron DeSantis. Além disso, Trump se comprometeu a promover legislações que garantam serviços bancários seguros para empresas do setor de cannabis, na tentativa de modernizar sua imagem e atrair um eleitorado mais jovem.


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Cannabis, enrolada em um papel de seda (Foto: reprodução/Valeria Mongelli/Bloomberg/Getty Images Embed)


Uso recreativo na Flórida

O atual candidato republicano a Casa Branca e ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no domingo (8), que votará a favor a uma medida eleitoral na Flórida (sua terra natal) que visa legalizar o uso recreativo da maconha para adultos no estado.

Na Flórida, em novembro, será realizado um referendo constitucional sobre o tema, juntamente com a eleição presidencial. O ex-presidente, que disputa com Kamala Harris, a candidata democrata, a eleição em 5 de novembro, divide os eleitores pelas pesquisas que indicam o empate técnico entre os dois. A legalização do uso recreativo da cannabis é uma questão delicada para os eleitores mais jovens, e a maioria dos indivíduos com menos de 50 anos apoia sua aprovação.

“Na Flórida, assim como em outros estados que já adotaram essa medida, será permitida uma quantidade específica de maconha por adulto”, escreveu Trump em sua plataforma, Truth Social.

O candidato a presidência reitera, "como já afirmei anteriormente, acredito que é chegada a hora de pôr fim às prisões e ao encarceramento desnecessário de adultos por pequenas quantidades de maconha para uso pessoal. (...) Sendo morador da Flórida, votarei SIM na Emenda 3, em novembro", declarou ele.


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Trump discursa em campanha eleitoral nos EUA (Foto: reprodução/ Pugliano/Getty Images Embed)


Emenda 3

Em uma publicação em suas redes sociais no último domingo, Trump não apenas apoiou à iniciativa eleitoral, denominada como Emenda 3, mas respaldou o interesse a pesquisas sobre o uso medicinal da maconha e se comprometeu a colaborar com o Congresso para aprovar leis em discussão sobre o assunto. Dando continuação aos esforços legislativos que já estavam em andamento durante sua presidência nos EUA, entre 2017 e 2021, uma delas seria garantir que os bancos possam atender empresas de cannabis que operam conforme as leis estaduais.

"Como presidente, continuaremos a priorizar pesquisas para explorar os usos medicinais da maconha para uma droga de Tabela 3 e a trabalhar com o Congresso para aprovar leis de bom senso, que incluam serviços bancários seguros para empresas autorizadas pelo Estado." escreveu Trump.

Posicionamento de Trump

A Emenda 3, que faz parte de um conjunto de propostas, será votada na Flórida em 5 de novembro, coincidindo com as eleições para o Congresso e a escolha entre Trump e Kamala Harris para a Casa Branca. Ao apresentar essas ideias, Trump se dirige a eleitores que apoiam a legalização da cannabis na Flórida, buscando modernizar sua imagem política em temas considerados progressistas. Essa decisão alinha-se à reforma da justiça criminal promovida durante seu mandato, quando era presidente dos EUA, refletindo um esforço para equilibrar sua imagem conservadora com uma abordagem mais popular para os americanos. Embora tenha uma forte trajetória de combate ao crime, seu apoio à Emenda 3, apresenta um contraste com a posição de outros líderes republicanos, como o governador Ron DeSantis que expressaram desaprovação, destacando a divisão entre os membros do seu próprio partido que discordam de sua postura liberal em relação à maconha.

Classificação da maconha

A proposta para a legalização começou a ser discutida no país em maio deste ano, após o Departamento de Justiça dos EUA sob o comando do presidente democrata Joe Biden sugerir que a cannabis fosse reclassificada da categoria 1 (a mais perigosa) para a categoria 3 em uma tabela que classifica substâncias em cinco níveis, do mais ao menos nocivo. Atualmente, na classificação da Drug Enforcement Administration (DEA), a maconha é vista como mais perigosa que a cocaína, metanfetamina e fentanil. Dados recentes mostram que três quartos dos cidadães americanos morrem em estados que a maconha já é legalizada.


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Comercio da Cannabis em um dispensario (Foto: reprodução/Valeria Mongelli/Bloomberg/Getty Images Embed)


Legalização mundial da maconha

Na Alemanha No início de abril, se juntou a um seleto grupo de países que permitiram o uso recreativo da maconha. O governo anunciou uma campanha educativa sobre os riscos do consumo, enfatizando que a cannabis seria permitida apenas para maiores de 18 anos e que seu uso é proibido, aos arredores de escolas, creches e parques infantis, a cerca de menos de 100 metros desses locais. Já na União Europeia (UE) em Malta foi o pioneiro, legalizando o uso recreativo em 2021, seguido por Luxemburgo em 2023. O Uruguai, por sua vez, foi o primeiro a legalizar a maconha em 2013. O Canada ocorreu a legalização em 2018.

Veja a lista dos países onde o uso recreativo de fumar é completamente liberado, embora nem todos tenham regulamentado a venda.

  • Uruguai
  • Geórgia
  • África do Sul
  • Canadá
  • México
  • Malta
  • Luxemburgo
  • Alemanha
  • Austrália
  • EUA (legalizado totalmente nos estados do Alasca, Arizona, Califórnia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Colorado, Connecticut, Delaware, Idaho, Illinois, Kansas, Maine, Maryland, Massachusetts, Michigan, Minnesota, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Nova Jersey, Novo México, Ohio, Oregon, Rhode Island, Vermont, Virgínia, Washington e Washington, D.C.), onde cada estado tem adotado suas próprias regulamentações desde 2012. A legalização da maconha no Colorado após cinco anos, vem impactando na saúde pública, política, cultura rural e criminalidade se revelam variados. O estado, pioneiro na legalização, atua como um modelo para outras jurisdições que consideram a legalização da cannabis. Desde que as vendas recreativas começaram em 2014, houve um aumento nos atendimentos em pronto-socorros relacionados à maconha e um crescimento nos casos de doenças mentais associadas ao seu uso. No entanto, muitos consumidores utilizam produtos derivados da planta comprados em lojas da região de forma casual e sem maiores complicações.

Cannabis para fins medicinais

Por outro lado, a autorização para o uso da canábis para fins medicinais é muito mais comum, e essa prática já se encontra em cerca de 50 países. Israel, por exemplo, estabeleceu uma infraestrutura voltada para incentivar a pesquisa e a produção de maconha medicinal, regulando o setor de maneira a alinhar-se à indústria farmacêutica tradicional.

Em relação ao Brasil, pacientes com prescrição para maconha medicinal têm a possibilidade de adquirir medicamentos e produtos derivados autorizados diretamente em farmácias e drogarias, além de poder, importar produtos de cannabis fabricados em outros países. No entanto, a produção e o cultivo da planta ainda não foram regulamentados.

Composição do Cannabis

A maconha é uma planta que contém mais de 400 compostos químicos, dos quais 60 pertencem à categoria dos canabinóides. O tetra-hidrocanabinol (THC) é o único canabinóide com propriedades psicotrópicas e alucinógenas, sendo capaz de gerar dependência química em seus usuários. Supõe-se que os efeitos psicóticos e alucinatórios da Cannabis resultem exclusivamente da ação do delta-9-tetraidrocanabinol (Δ9-THC). O termo "canabinóide" refere-se de forma genérica às substâncias, sejam naturais ou sintéticas, que ativam os receptores canabinóides.

Foto Destaque: o candidato presidencial republicano, ex-presidente dos EUA Donald Trump, dá uma entrevista coletiva do lado de fora do Trump National Golf Club Bedminster, Nova Jersey, em 2024.(Reprodução/Adam Gray/Getty Images Embed)

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