O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração nesta segunda-feira (2), que o Hamas enfrentará "consequências severas" caso não liberte todos os reféns israelenses antes de sua posse em 2025. A afirmação ocorre em meio a tensões crescentes entre Israel e o grupo palestino, que controla a Faixa de Gaza.
Reféns em situação crítica
Atualmente, estima-se que cerca de 101 reféns ainda estejam sob o controle do Hamas. Entre eles, especialistas acreditam que apenas metade esteja viva, em decorrência das intensas ofensivas na região. O grupo terrorista alegou que 33 reféns foram mortos em combates desde o início do conflito, em outubro de 2023. A situação humanitária em Gaza também se deteriora rapidamente, agravando o cenário.
Trump afirmou que sua política externa será centrada em pressionar grupos como o Hamas e fortalecer a aliança entre os EUA e Israel. "Se esses reféns não forem libertados, haverá um preço a ser pago, e será alto" afirmou.
Hamas e o contexto da guerra
O Hamas, designado como organização terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e outros países, tem controlado a Faixa de Gaza desde 2007. O grupo é conhecido por realizar ataques contra alvos israelenses e por seu envolvimento em sequestros de civis e militares.
Civis andando pelos escombros do ataque recente a Gaza (Foto: reprodução/Dawoud Abo Alkas /Getty Images Embed)
Desde o início da guerra em outubro, Israel lançou uma série de ataques aéreos em Gaza, enquanto o Hamas intensificou os lançamentos de foguetes em território israelense. Ambos os lados enfrentam críticas internacionais pelas crescentes vítimas civis.
A declaração de Trump foi recebida com diferentes reações. Para seus apoiadores, ela reflete uma postura firme contra o terrorismo. Contudo, críticos apontam que promessas de retaliação podem aumentar as tensões no Oriente Médio, dificultando soluções diplomáticas para o conflito. Com o destino dos reféns ainda incerto, a pressão internacional sobre o Hamas e Israel continua a crescer. A fala de Trump, embora simbólica, pode moldar as discussões sobre segurança global e o papel dos EUA em conflitos futuros.
Foto destaque Donald Trump em discurso em um de seus comissões (Reprodução/Scott Olson /Getty Images Embed)