Neste sábado (24), começou a primavera na capital paulista. No mesmo dia, foram registrados 34,7ºC, a maior temperatura de 2023. A mesma marca também foi atingida na sexta-feira (22). A previsão é que a onda de calor continue até terça-feira (26).
Além disso, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esse pode ser considerado o inverno mais quente de São Paulo com médias de temperatura 2,5ºC acima do previsto. O mesmo ocorreu com as mínimas, com 2,2ºC de desvio para cima.
Histórico climático em São Paulo
Os últimos momentos de um inverno tão quente na capital foram em 2012, quando as máximas ficaram 1,9°C acima da média normal climatológica. Em comparação com o inverno deste ano, temos 19 dias com temperatura acima de 30°C, 13 desses dias em setembro.
Registro da piscina do Sesc Belenzinho no último sábado (23) com lotação devido às altas temperaturas (Foto: Reprodução/Bruno Rocha/Estadão)
O volume de chuva também ficou abaixo da média na zona norte, mas especificamente na estação meteorológica automática do Mirante de Santana, registrando 42% a menos. O Instituto prevê que a primavera siga o mesmo padrão. As temperaturas acima da média chegaram ao seu ápice neste domingo (24), com recordes próximos ao dia 17 de outubro de 2014, quando a cidade registrou 37,8ºC.
Entenda porque faz calor em São Paulo
De acordo com o Inmet, ocalor intenso se dá pela massa de ar quente e seca que atinge a capital e o país. O fenômeno acontece pelo bloqueio atmosférico, caracterizado por um sistema de alta pressão do ar que mantém o tempo seco.
Porém, o principal motivo é pelo fenômeno El Ninõ, ou seja, o aumento da temperatura das águas no Oceano Pacifico. Na região sudeste do país, ele favorece ainda mais a incidência de dias quentes.
A Defesa Civil de SP também afirma que estudos recentes apontam uma mudança brusca dos ventos alísios que cortam a região, principalmente pelo enfraquecimento dos ventos que promove a sensação de “tempo abafado”, causada pelas massas de ar.
Foto destaque: As temperaturas em SP podem chegar a 37ºC, recorde da capital. Reprodução/Renato S. Cerqueira/Estadão Conteúdo