Um celular encontrado no bolso de um casaco ao lado de um dos quatro corpos de suspeitos do triplo homicídio de médicos na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, foi encaminhado à Polícia Civil para perícia. Policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) acreditam que informações contidas no iPhone preto, como trocas de mensagens e arquivos de mídia, fotos e vídeos, podem ajudar a esclarecer a dinâmica dos crimes.
Segundo a DHC, o aparelho foi localizado por agentes do Grupo Especial de Cena de Crime (GELC) do especialista junto com documentos como carteira de habilitação e carteira de seguro saúde, além de certidão de casamento. Os materiais apreendidos estavam no invólucro de um dos três corpos dentro de um Honda HRV na Rua Abraão Jabor, em Camarim, também na Zona Oeste.
Policiais civis chegaram ao veículo na noite de quinta-feira. Segundo a perícia, o baú continha os corpos de três homens, dois brancos e um pardo, que teria 25 anos. Todos usavam camisa, bermuda e tênis. O HRV teria sido abandonado no local por volta das 22h55 e seu motorista foi resgatado por uma motocicleta de marca e cor desconhecidas.
Na Praça da Gardênia Azul, também no bairro de Jacarepaguá, na Zona Oeste, os agentes encontraram um quarto corpo dentro do porta-malas de um Toyota Yaris na madrugada desta sexta-feira. O homem, que seria Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, também apresentava “múltiplos ferimentos a bala”.
Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf Bomfim morreram e Daniel Sonnewend Proença segue internado. (Foto: reprodução/Uol Notícias)
Nova linha de investigação no assassinato dos médicos
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou quatro corpos nesta quinta-feira (5). Suspeita-se que pelo menos dois deles fossem suspeitos de envolvimento na morte de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na madrugada horas do mesmo dia. Os nomes não foram fornecidos.
A polícia também acredita que o erro e a grande visibilidade da notícia não agradaram aos líderes do Comando Vermelho, facção à qual o grupo criminoso – suspeito de matar os médicos – estava ligado. Os líderes da facção teriam ordenado a morte dos assassinos dos médicos.
Estado dos corpos
Como mostrou O GLOBO, pelo menos dois dos quatro corpos já apresentavam rigidez muscular total. Segundo especialistas, essa alteração bioquímica faz com que o corpo fique rígido de oito a dez horas após a morte, o que comprovaria que os assassinatos ocorreram entre dez e 12 horas após a execução dos médicos.
Foto Destaque: Corpos encontrados em dois veículos podem ter relação com assassinato dos médicos. Reprodução/Metrópoles