A pressão imposta no setor de tecnologia para que eles lancem cada vez mais inovações para o mercado tem trazido consequências para a sustentabilidade mundial. O resultado desse comportamento está presente por exemplo no chamado e-lixo, que é um lixo eletrônico. Jim Puckett, diretor executivo da Basel Action Network, expressou sua opinião em entrevista para a CNN: “Essa obsolescência planejada só piora a situação. As pessoas agora esperam comprar um novo computador a cada três ou quatro anos, um novo telefone a cada dois anos”. Segundo ele, esses descartes formam uma montanha que não para de crescer.
Dados recentes das Nações Unidas indicam que o mundo gerou cerca de 53,6 toneladas métricas de lixo eletrônico no ano de 2019, e apenas 17% aproximadamente foi para o setor de reciclagem. Os danos do lixo eletrônico acabam indo para os países que estão em desenvolvimento.
Lixo eletrônico: pilhas e baterias separadas para descarte. (Imagem/Reprodução: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)
A OMS (Organização Mundial da Saúde) chegou a alertar no ano de 2021 que o descarte e o processamento do crescente lixo eletrônico causam uma série de impactos adversos à saúde infantil, o que inclui: alterações na função pulmonar, danos ao DNA e aumento dos riscos de doenças crônicas, como o câncer e doenças cardiovasculares.
Autoridades da União Europeia aprovaram uma nova lei que exige que todos os celulares e eletrônicos utilizem um carregador padrão, com o objetivo de diminuir os descartes que são feitos no meio ambiente. Os senadores Ed Markey, Elizabeth Warren e Bernie Sanders falaram que essa nova política “tem o potencial de reduzir significativamente o lixo eletrônico e ajudar os consumidores que estão cansados de vasculhar gavetas cheias de carregadores emaranhados para encontrar um compatível, ou comprar um novo”. Essa opinião foi escrita numa carta endereçada ao secretário do comércio dos EUA.
Acompanhe as mais variadas notícias aqui no portal Lorena R7.
Foto Destaque: Eletrônicos. Imagem/Reprodução: Unsplash/CNN