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Taxa de isenção do imposto de renda deve ser ampliada em 2025

Governo prevê isenção para quem ganha até R$ 3.036,00 por mês; cálculo é feito em cima da soma do salário mínimo reajustado em janeiro deste ano

14 Jan 2025 - 21h00 | Atualizado em 14 Jan 2025 - 21h00
Taxa de isenção do imposto de renda deve ser ampliada em 2025 Lorena Bueri

Em 2025, a taxa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) será ampliada. Com base no aumento do salário mínimo, de R$ 106,00, o Governo Federal prevê a isenção de quem recebe até duas vezes o valor do benefício, ou seja, R$ 3.036,00. A informação foi confirmada nesta terça-feira (14) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Correção da tabela de isenção

Desde o ano de 2015 que a tabela de isenção do IR não é corrigida ou ajustada. O imposto é descontado na fonte do salário dos brasileiros, havendo chances de restituição, de acordo com a declaração feita, ou não. Por isso, a maioria dos brasileiros é obrigada a pagar o imposto mensalmente.


Contas ilustrativas (Foto: reprodução Pixabay/Steve Buissinne) 


Isenção para quem recebe até R$ 5 mil

Por hora, segundo Haddad, existe uma “inconsistência” no projeto da reforma da renda que ainda impede o governo de aumentar a taxa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil. Uma nova proposta deve ser enviada ao Congresso Nacional para não haver prejuízos e nem aumento da arrecadação.

As simulações solicitadas pelo ministro à Receita Federal ainda não foram finalizadas, mas as “medidas vão sendo encaminhadas à medida que forem ficando prontas”, reforçou ele. Em contrapartida, para começar a valer a partir de 2026, a equipe econômica do governo precisa se movimentar. Principalmente se for efetivado projeto de taxar menos de 1% dos trabalhadores, que são aqueles que recebem acima de R$ 50 mil mensal ou R$ 600 mil anual, para custear a arrecadação dos isentos nessa faixa.

Caso a viabilidade da aplicação não necessite de mais um ano, 28 milhões de brasileiros se beneficiarão da isenção em 2025, conforme simulação feita pela Unafisco. Mas este número impacta apenas 32% dos trabalhadores. No momento, a prioridade é passar a Lei Orçamentária Anual.

Em simultâneas análises, uma pesquisa da Universidade de Campinas (Unicamp), divulgou que se efetivado o programa de desobrigação fiscal, é provável que os índices de concentração de recursos e distribuição de renda sejam impactados.

Foto legenda: Fernando Haddad em reunião (reprodução Getty Images Embed/Bloomberg)

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