No último trimestre deste ano, a taxa de desemprego teve uma queda de 9,1%, o que é considerado positivo para alguns especialistas, visto que o consenso do mercado esperava que essa queda fosse de apenas 9% para esse período do ano. Esses dados indicam que a economia se manterá aquecida e o desemprego continuará em desaceleração até o final de 2022.
Um dos fatores que mais contribuiu para a diminuição do desemprego em 2022 é um crescimento econômico mais forte que o esperado na primeira metade do ano. Segundo Rodolfo Margato, economista da XP, houve um aumento tanto na geração de empregos formais (com carteira de trabalho assinada) quanto na geração de empregos informais (sem carteira de trabalho assinada).
Além disso, Rodolfo também destacou o aumento do rendimento médio real habitual, que teve seu terceiro aumento mensal consecutivo. E segundo ele, o rendimento real continuará com a tendência de se manter em alta nos próximos meses. “Em relação ao rendimento, de fato após um longo período em trajetória de queda, a gente começa a observar os primeiros sinais de observação. Um aumento do poder de barganha dos trabalhadores e a queda da inflação no curtíssimo prazo”, disse Rodolfo.
Pessoas na fila de vaga de empego (Foto: Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil)
Outro fator que contribuiu para a queda na taxa de desemprego foi o aumento da renda média real. Segundo Claudia Moreno, economista do C6 Bank, a renda média real do trabalhador subiu para 2.693 reais no último trimestre. E de acordo com ela, estamos chegando no patamar que estava antes da pandemia.
Com base nisso, espera-se que a taxa de desemprego diminua ainda mais antes da virada do ano. Para Claudia, a taxa de desemprego será de 8,7%, mas Rodolfo, que afirmou que sua projeção tem uma tendência mais pessimista, acredita que a taxa não sofrerá uma alteração tão grande nesses últimos meses de 2022, chegando a 9%.
Foto destaque: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil