Suprimentos medicinais chegaram aos hospitais no sábado no Afeganistão, atingido por um terremoto que matou mais de 1.000 pessoas nesta semana. O governo do Talibã apelou por mais ajuda humanitária internacional. O terremoto ocorreu em meio situação econômica e social crítica no país.
Autoridades cessaram as buscas por sobreviventes na região montanhosa do sudeste perto da fronteira do Paquistão. O terremoto alcançou 6,1 graus na escala Richter na quarta-feira (22), que também feriu cerca de 2.000 pessoas e danificou mais de 10.000 casas no país.
Sobrevivente do terremoto no Afeganistão. (Reprodução/BBC)
O terremoto prescionou ainda mais o governo radical do Talibã no Afeganistão, que é evitado por muitos governos estrangeiros desde que assumiram o controle total do país no ano passado após saída das tropas americanas. O país afegão foi cortado de grande parte da assistência internacional direta por sanções ocidentais, aprofundando uma crise humanitária em várias partes do país antes mesmo do terremoto.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse no sábado que o país fornecerá ajuda humanitária no valor de 50 milhões de yuans (US$ 7,5milhões) ao Afeganistão, incluindo tendas, toalhas, camas, suprimentos hospitalares e outros materiais para ajudaras pessoas afetadas pelo terremoto.
O líder supremo do país, Hibatullah Akhundzada, alertou que o número de mortos provavelmente aumentará nos próximos dias. Ele disse que as chuvas agravaram ainda mais a situação nas zonas de díficil acesso nas montanhas. O Afeganistão é propenso a terremotos por está em uma região sismicamente ativa. Nos últimos 10 anos, mais de 7.000 pessoas morreram por conta dos terremotos no país, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários. O país enfrenta doenças evitáveis como diarréia e sarampo, que apesar de controlável, complica com a desnutrição crônica no país.
Foto Destaque : Casas destruídas pelo terremoto. Reprodução/Metrópoles