O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu as principais alegações feitas pelo Presidente Bolsonaro (PL) durante seu discurso em evento com embaixadores nesta segunda-feira (18), por meio da divulgação de um conteúdo do projeto Fato ou Boato, foi desmentido algumas acusações feitas pelo Presidente, entre elas a de que um hacker teria tido acesso a ao sistema do TSE e de que ele poderia excluir nomes dos candidatos, em reposta o TSE disse “Em nenhum momento as urnas eletrônicas são conectadas à internet, nem possuem placa que dê acesso a outro tipo de conexão em rede (wi-fi ou bluetooth). Muito pelo contrário: o dispositivo funciona de maneira isolada e sequer realiza a transmissão dos resultados da votação, que já são conhecidos pela população logo após o término da eleição, com a impressão do Boletim de Urna (BU). Uma eventual manipulação na etapa de totalização seria facilmente identificada pela comparação entre o BU, que traz o resultado da votação em cada seção eleitoral.” - informou o TSE, a alegação sobre a ação de um suposto hacker nas eleições de 2018 já havia sido desmentida em 2020.
O projeto Fato ou Boato criado em 2020, faz parte do Programa de Enfrentamento à Desinformação, conta com a participação de agências de checagens de informação e tem como objetivo combater a desinformação, estimulando a verificação e esclarecimento através da divulgação de notícias checadas e busca enfrentar os efeitos negativos que a desinformação causa em meio a Democracia.
Presidente durante evento com embaixadores. Foto Reprodução: Poder 360.
O presidente do TSE, ministro Edson Fachin durante o evento de lançamento da Campanha de combate à desinformação, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), rebateu sem citar nomes as afirmações falsas contra o sistema de voto eletrônico, “Em meio a um debate desvirtuado e a um clima comunicativo adoecido, recusemos a cólera. Vamos promover diálogos racionais e ponderados, e propiciar que todos os candidatos possam apresentar as suas ideias.”, disse o ministro.
Fachin destacou que o sistema de votos por meio das urnas é seguro e que o código-fonte pode ser acessado pelos partidos políticos, Polícia Federal, OAB e por outras entidades, pontuou também que existem dezenas de chaves criptografadas protegendo o sistema de votação e de que as urnas não se conectam a qualquer rede, dessa forma é afastado qualquer possibilidade de manipulações de votos e fraudes. O ministro acrescentou que as urnas modelo UE2020 passarão por testes antes das eleições por técnicos da Universidade de São Paulo (USP).
Foto Destaque: Bolsonaro volta a fazer alegações sobre urnas eletrônicas. Reprodução: Jota.