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Surge possibilidade de flexibilização do uso de máscara, revela governo de SP

Na próxima terça-feira será avaliada por especialistas da área se há possibilidade do uso de máscaras não ser mais obrigatório em espaços abertos e ambientes escolares, o que gera polêmicas.

03 Mar 2022 - 23h00 | Atualizado em 03 Mar 2022 - 23h00
Surge possibilidade de flexibilização do uso de máscara, revela governo de SP Lorena Bueri

Conforme informações passadas pelo governador João Doria do PSDB, São Paulo poderá ter nova medida estudada pelo comitê de especialistas que auxilia o governo desde o início da onda da Covid-19 na próxima terça-feira para que seja abolido o uso obrigatório de máscaras ao ar livre em todo o estado. Com a apuração feita pelo Estadão, às pessoas que integram o governo e o grupo científico concordam com a liberação da medida depois do dia 10 de março se caso o número de mortes e internações por conta da doença continuar caindo, sem obter aumento após o feriado de carnaval.

Mesmo com a possível aprovação, a retirada das máscaras enquanto uso escolar continua em meio a um impasse dentro do governo, levando em conta que o tema também será colocado em pauta com possível flexibilização de uso de máscaras na aula de educação física e no próprio intervalo durante a reunião de terça-feira para o começo de uma gradual retirada da proteção nas instituições de ensino.

Dessa maneira, o Escolas Aberta e outros movimentos como esse, defendem pesquisas estudadas com base no desenvolvimento infantil estar sendo prejudicado e que assim as instituições escolares não exijam mais o uso de máscaras. Foi decido também pelo órgão federal dos EUA que só será obrigatório o uso da proteção em casos de escolas localizadas em ambientes de alto risco de contaminação do vírus, requisito esse o qual tanto Santa Catarina quanto o Rio Grande do Sul já estabeleceram.


João Doria, governador do estado de São Paulo. (Foto: Reprodução/Governo do estado de São Paulo/UOL)


Segundo fontes confiáveis, a problemática aqui em São Paulo é a publicação de um regulamento da secretaria de saúde divulgada mês passado, a qual avisa que se caso houver algum tipo de surto de Covid-19 entre até dois casos suspeitos ou confirmados nas instituições de ensino poderá ocorrer possibilidade de fechamento.

O secretário da Educação Rossieli Soares defende que mesmo com os casos de surto as escolas não devem fechar tão facilmente.

Dessa forma, após polêmica foi definido pela secretaria de saúde que os colégios não serão fechados com apenas dois casos de infecção pelo vírus sendo avaliados pela vigilância sanitária. De acordo com o Estadão, um novo documento para complemento está em discussão e é provável que seja logo publicado, possibilitando melhor compreensão por parte da sociedade sobre o assunto.

Apesar do caos a flexibilização já havia sido anunciada pelo governo em novembro do ano passado, porém levando em consideração o avanço da variante Ômicron, antes que a medida entrasse em vigor a determinação foi recuada.

Conforme pesquisas, o contágio pela doença possui uma escala bem menor ao ar livre do que em ambientes fechados mesmo com o distanciamento social, todavia, o fim do uso obrigatório de proteção tem dividido opiniões entre os especialistas.

Jean Gorinchteyn, secretário estadual da Saúde, relata que: "Dados da pandemia são bastante significativos em termos de melhora e ao mesmo tempo a vacinação. São Paulo atingiu mais de 100 milhões de doses da vacina distribuídas e mais de 20 milhões de doses da vacina foram dadas como dose adicional para os 30 milhões que precisamos objetivar. E, ao mesmo tempo, temos mais de três milhões de doses que foram dadas na população pediátrica entre 5 e 11 anos", o secretário afirma que com a queda de 52% nas internações em UTIs (Unidades de Terapias Intensivas)  e 62% em meio as internações nas enfermarias do Estado, 509 vidas perdidas pela doença têm sido registradas no país, fazendo com que a porcentagem de vítimas idosas só aumente.

A discussão sobre se deve ou não tirar as máscaras das crianças dentro das escolas gera cada vez mais conflito entre pais e especialistas, causando polêmica, já que um dos grupos está se preocupando com a alfabetização, o desenvolvimento das crianças e com as relações sociais, enquanto o outro adverte que muitos dos menores ainda não possuem o esquema vacinal completo refletindo sobre o índice mortes e casos, o que só cresceria com a retirada das máscaras.

A recomendação é que avaliem a situação de 5 a 11 anos, considerando todos os pontos plausíveis, não devendo usar máscaras para atividades que envolvam educação física, diz OMS (Organização Mundial de Saúde).

Nesse sábado (26) foi anunciada pela gestão de Eduardo Leite do partido do PSDB, a suspensão da proteção das máscaras no Rio Grande do Sul, para menores de 12 anos de idade. Decisão essa que também foi adotada no estado de Santa Catarina, onde o governo fez a flexibilização para as crianças entre 6 a 12 anos.

"O uso de máscaras de proteção individual por crianças de 6 a 12 anos fica sob responsabilidade dos pais ou do responsável que deverão supervisionar a correta utilização da máscara, sua colocação e retirada", a medida que, fora publicada nessa quarta-feira (2) em decreto do DOE (Diário Oficial do Estado) a não obrigatoriedade das máscaras. Agora caberá a decisão aos pais ou responsáveis se a criança deve usar ou não a proteção nesses ambientes.

"No caso, a obrigação do uso somente é dispensada para pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou quais outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, conforme declaração médica, que poderá ser obtida por meio digital, bem como no caso de crianças com até 12 anos de idade", recomendação da Secretaria Estadual da Saúde, segundo decreto, não excluindo o uso de máscara em locais públicos e áreas fechadas, até mesmo em lugares abertos se houver qualquer tipo de aglomeração.

Foto destaque: Crianças brincando em parquinho. Reprodução/Felipe Rau/Estadão

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