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Sócio da 123milhas diz não ter dinheiro em caixa para reembolsar clientes

No último dia 18, a empresa suspendeu todos os pacotes e emissões de passagens de sua linha promocional, com embarques previstos de setembro a dezembro deste ano

06 Set 2023 - 21h00 | Atualizado em 06 Set 2023 - 21h00
Sócio da 123milhas diz não ter dinheiro em caixa para reembolsar clientes Lorena Bueri

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras nesta quarta-feira (6) na Câmara dos Deputados, Ramiro Júlio Soares Madureira, sócio da 123milhas, admitiu que a empresa não possui dinheiro disponível no caixa para poder fazer o reembolso dos clientes lesados pelo término da modalidade "promo" no site.

CPI das Pirâmides Financeiras 

Ramiro foi questionado pelo deputado federal Carlos Viana do PSD-RJ se a empresa conseguiria devolver os valores pagos pelos clientes e respondeu: "Precisamos do apoio dos órgãos públicos. Estamos dispostos a trabalhar arduamente para isso. Estamos confiantes". O deputado perguntou então se a companhia teria fluxo de caixa para realizar os pagamentos e Ramiro disse que não: "(...) Precisaríamos de algum tempo e um plano para fazer isso".


Ramiro Júlio Soares Madureira em depoimento à CPI das Pirâmides (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)


A 123milhas suspendeu a venda de pacotes, além da emissão de passagens da parte promocional de seu site, no mês passado. A decisão afetou também os consumidores que haviam comprados os serviços anteriormente. Algumas semanas depois do veredito, a empresa deu início ao pedido de recuperação judicial, em que alegou ter uma dívida de R$2,3 bilhões.

A CPI também ouviu nesta tarde a Maxmilhas, empresa que têm sócios em comum com a 123milhas. As duas começaram a fazer esse tipo de transação com milhas aéreas no ano passado. O presidente da Comissão, o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) afirmou que a comercialização de milhas não possui amparo legal: "Tem um grande problema que é a transação de milhagens. A Maxmilhas se coloca como uma intermediadora de compra de milhas, o que não tem regulamentação na legislação nacional".

Modelo de negócio que não deu certo

Ramiro admitiu ainda que um modelo equivocado de negócio foi o responsável pelo colapso da empresa. Ele disse que a empresa acreditava que após a pandemia, com o mercado de viagens se recuperando, os custos iriam ser reduzidos, porém isso não ocorreu. Para o modelo de negócios funcionar, o número de vendas deveria ser mais alto e acabou sendo menor do que o esperado. 

Segundo informou o sócio, a linha Promo da empresa correspondia a 15% das operações feitas pela empresa e alegou que o mercado se comporta como na alta temporada e admitiu não ter uma forma de se desculpar com os clientes prejudicados.

Foto destaque: 123milhas. Reprodução/André Ribeiro/Futura Press/Folhapress

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