Erika de Souza Vieira, 42, deixou o Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira em Bangu, Zona Oeste do Rio, solta nesta tarde de quinta-feira (2) pela Justiça do Rio de Janeiro. Ela ganhou as manchetes há pouco mais de duas semanas, como “a sobrinha do Tio Paulo”, um idoso levado morto em cadeira de rodas a um banco para pegar empréstimo. A Juíza na mesma decisão também aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP RJ), no processo que a indicia por vilipêndio de cadáver e tentativa de estelionato.
“A denunciada, consciente e voluntariamente, vilipendiou o cadáver do tio, de quem era cuidadora, ao levá-lo à agência, mesmo após a sua morte, para fins de realizar saque de pagamento, demonstrando, total desprezo e desrespeito para com o mesmo”, manifestara-se dessa forma o MP RJ na denúncia. Ela responderá em liberdade, porém terá de cumprir medidas cautelares estabelecidas pela Justiça.
Sobrinha circulou com cadáver antes de ir ao banco (Foto: Reprodução/Record / Purepeople)
Solta sob condições
A Juíza Luciana Mocco, da Segunda Vara Criminal, determinou que a ré não se ausente da cidade por mais de uma semana, sem autorização, e que se apresente à Justiça todo mês. Outro inquérito, por ‘omissão de socorro’ foi aberto para investigar Erika, desta vez por homicídio culposo. A investigação está a cargo da Polícia civil, que ainda não concluiu se a indiciará por esse delito.
Saiba como ocorreu
O caso veio a público em 16 de abril passado quando seu tio Paulo Roberto Braga, 62, foi declarado morto pelo médico da Unidade Móvel de Atendimento que se encarregou do chamado à agência bancaria, em um shopping de Bangu (RJ). O idoso teria recebido alta no dia anterior e estava muito debilitado, após a internação devido a uma pneumonia. Segundo o laudo de necrópsia, divulgado posteriormente, a vítima apresentava “estado caquético” durante realização do exame.
Foto Destaque: Erika de Souza Vieira, ao prestar depoimento (Foto:reprodução/RecordTV/PurePeople)