O assédio nas universidades ainda é uma realidade para estudantes de todo o país, e mesmo quando ocorre denúncia por parte das vítimas, são raros os casos que os assediadores são punidos. Segundo levantamento feito pela CNN, apenas 6% dos professores são desligados das universidades após a conduta.
A quantidade de alunas que relatam o ocorrido é grande, porém a maioria das instituições de ensino superior não tem uma medida efetiva para o combate ao assédio, o que acaba enfraquecendo o movimento e desestimulando as vítimas a denunciarem.
Escassez de provas
A falta de provas concretas também é um motivo para a impunidade. Muitas vezes quem está à frente do caso exige provas de vídeo, mensagens ou testemunhas oculares para legitimar a ação feita, porém nem sempre é possível o registro, já que a vítima se encontra em uma situação de vulnerabilidade. É necessário levar em consideração todo o contexto da situação, o antes e o depois, não apenas o momento que o ato foi legitimado.
Uma pesquisa realizada em 2015 pelo instituto Avon, conversou com mais de mil e oitocentos estudantes do ensino superior, e mostrou que 53% das mulheres entrevistadas já sofreram assédio no ambiente universitário, e 73% têm conhecimento de algum tipo de assédio ocorrido.
Reprodução de assédio em sala de aula (Foto: Reprodução/Aredação)
Rede de apoio
É possível notar as calouras como foco dos professores que assediam as alunas. Por serem novas no ambiente universitário, elas se tornam o principal alvo. A falta de rede de apoio para as vítimas inibe denúncias. Muitas vezes a estudante não percebe de maneira rápida que foi coagida ou assediada por um docente.
A rede de apoio para estudantes dentro das instituições é essencial para que a vítima entenda sua situação e aponte o professor. É muito importante que a denúncia seja feita por todas as vítimas, para que todo o movimento contra o assédio tome força e credibilidade e medidas mais efetivas sejam tomadas contra os assediadores.
Foto Destaque: Sala de aula. Reprodução/educaethos
