São Paulo ingressou pela primeira vez no top 10 das cidades mais caras para os super-ricos, de acordo com uma pesquisa realizada pelo grupo suíço Julius Baer. A capital paulista alcançou a nona posição, ultrapassando a cidade de Miami. O estudo, intitulado Global Wealth and Lifestyle Report (Relatório Riqueza Global e Estilo de Vida), revela que as cidades mais caras estão concentradas principalmente na Ásia, com Singapura liderando a lista, seguida por Xangai e Hong Kong.
A pesquisa considera uma cesta de bens e serviços premium consumidos pela elite com um patrimônio acima de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) em 25 cidades globalmente importantes. Itens como uísque, vinho e passagens aéreas em classe executiva são levados em conta para apurar o custo de vida nessas localidades. O levantamento foi realizado entre fevereiro e março deste ano.
Notas de real (Foto/Reprodução/Pixabay)
O salto de São Paulo no ranking é notável, visto que, em 2021, a cidade ocupava a 21ª posição, subindo para o 12º lugar no ano seguinte. A pesquisa destaca que fatores como os altos custos de importação no Brasil, em comparação com outros países, contribuíram para a elevação dos preços na capital paulista.
No contexto das Américas, com a presença de Nova York, São Paulo e Miami entre as dez cidades mais caras do mundo, a região se posiciona como a segunda que demanda mais recursos financeiros para sustentar o padrão de vida dos super-ricos, superando o grupo de cidades da Europa, Oriente Médio e África, ficando atrás apenas da Ásia.
A pesquisa também aponta que o custo de vida para os super-ricos aumentou 6% em dólares nos últimos 12 meses e 13% nas moedas locais. No Brasil, o avanço foi de 18,4%, impulsionado em parte pela valorização do dólar frente à moeda local.
A pesquisa do Julius Baer, presente em 25 países e com US$ 477 bilhões em ativos sob gestão, busca as tendências de gastos e padrões de vida das pessoas de alta renda. No Brasil, o setor de luxo está em crescimento, com um faturamento de US$ 5,2 bilhões em 2020, mesmo durante a pandemia, e um aumento significativo nas vendas nos anos seguintes.
Foto destaque: cidade de São Paulo. Foto: Reprodução/Bruno Thethe/Unsplash