O Supremo Tribunal Federal (STF) está realizando o rastreamento de vários empresários que seriam suspeitos de financiar os bloqueios em estradas e rodovias nacionais, e as manifestações em frente a quartéis do exército brasileiro. Além do rastreamento de empresários, o STF também está avançando nas investigações que responsabilizam autoridades públicas pelos bloqueios e manifestações.
Segundo apurações, alguns dos empresários que estariam financiando os protestos já foram identificados. Neste momento, o trabalho das investigações é realizar o rastreamento de como esses empresários atuaram e como eles seguem atuando em apoio aos bloqueios nas estradas e rodovias e aos protestos nos quartéis do exército.
Nesta terça-feira (8), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, se encontrou com os procuradores de Justiça dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo. Após a reunião, os procuradores revelaram que existem indícios que comprovam a atuação de empresários por trás dos atos de protesto ao redor do Brasil. Segundo eles, as manifestações são organizadas e financiadas, elas não são espontâneas.
Ministro do STF, Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução: Nelson Junior - STF)
E os procuradores ainda avaliam que há a necessidade de punição aos empresários e aos manifestantes, pois esses atos não devem nunca mais se repetir no país para que não vire algo rotineiro no Brasil, visto que estes são protestos golpistas e antidemocráticos, que começaram justamente após a eleição do candidato Luiz Inácio Lula da Silva à presidência do país, após este derrotar o atual presidente, Jair Bolsonaro, no segundo turno.
Além da atuação dos empresários, o inquérito também está investigando a atuação do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que não teria atuado da maneira correta e transformado a polícia rodoviária em um órgão de governo e não de Estado. E como essa linha de investigação também está avançada, ela pode chegar até o ministro da Justiça, Anderson Torres, segundo apurações.
Foto Destaque: Bloqueio em estrada. Reprodução/Franklin de Freitas.