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Rússia é acusada pelo Reino Unido de pretender colocar “líder pró-russo” na Ucrânia

O Reino Unido afirmou ter informações confiáveis sobre manobras da Rússia para “colocar um líder pró-russo em Kiev”, no momento em que crescem os temores de que Moscou inicie uma invasão da Ucrânia.

23 Jan 2022 - 09h35 | Atualizado em 23 Jan 2022 - 09h35
Rússia é acusada pelo Reino Unido de pretender colocar “líder pró-russo” na Ucrânia  Lorena Bueri

O Reino Unido afirmou neste sábado (22) que teria informações de que a Rússia cogita manobras para colocar um líder pró-russo em Kiev, no mesmo tempo em que cresce suposições de que Moscou inicie uma invasão na Ucrânia. Segundo um comunicado da chancelaria britânica  os serviços de inteligência russos tiveram contatos com vários políticos ucranianos e o ex-deputado Yevhen Murayev é considerado um líder em potencial desta ex-república soviética, embora não seja o único.



O comunicado do ministério de Relações Exteriores britânico vem na esteira de relatórios sobre uma possível invasão russa na Ucrânia (Foto: Reprodução/poder360)


De acordo com Liz Truss, secretária de relações exteriores, apontada no comunicado, falou que o relatório revela “a magnitude da atividade russa destinada a desestabilizar a Ucrânia”. Truss solicita a Rússia para dar início a uma redução da escalada e encerrar suas campanhas de agressão e desinformação, dando continuidade ao caminho da diplomacia. As acusações foram publicadas logo após  os chefes da diplomacia russa, Sergey Lavrov, e dos Estados Unidos, Antony Blinken, se reunirem em Genebra para tentar reduzir as tensões na fronteira russo-ucraniana e concordarem em continuar suas conversas francas na próxima semana.



Dezenas de milhares de tropas russas concentradas na fronteira da Ucrânia (Foto: Reprodução/Istoé)


A Rússia foi acusada por países ocidentais de enviar tanques, artilharia e cerca de 100.000 soldados para as fronteiras ucranianas  em preparação para um ataque. O Kremlin nega qualquer intenção bélica, mas condiciona a desescalada a tratados que garantam a não expansão da Otan, em particular para a Ucrânia, bem como a retirada da Aliança Atlântica do Leste Europeu, algo que os ocidentais consideram inaceitável.

A Casa Branca nesta última terça-feira (18) afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, conseguiria ordenar um ataque a qualquer momento e alertou que o ocidente não descarta nenhuma opção. No comunicado deste sábado, Truss afirmou que “qualquer incursão militar na Ucrânia seria um grande erro estratégico” e resultaria em graves custos para a Rússia.



A TV russa exibiu, no início de 2022, exercícios de tanques perto da fronteira com a Ucrânia (Foto: Reprodução/bbc)


O chefe da Marinha alemã, Kay-Achim Schönbach, classificou como absurda o cenário onde se estabelecia uma invasão da Ucrânia, um comentária que acabou provocando sua renúncia ao cargo neste mesmo sábado, após comunicado do Ministério da Defesa alemã. A lista de pessoas mencionadas por nome e sobrenome no comunicado britânico que teriam sido cogitadas pelos serviços russos também inclui o ex-primeiro-ministro Mykola Azarov, que fugiu para a Rússia com o então presidente Viktor Yanukovic em 2014, devido a uma revolta popular em Kiev.



Foto destaque: Reino Unido e Rússia (Foto: Reprodução/CursoSapientia)

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