Nesta quinta-feira (14), um funcionário russo disse que Moscou responderá de maneira positiva se Kiev estiver pronta para retomar as negociações de paz, porém para isso, a Ucrânia deve aceitar as “realidades territoriais”. A informação foi recebida pela CNN Brasil da agência de notícias Interfax.
Vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, se pronunciou e disse que Kiev deverá fornecer uma resposta clara às propostas de Moscou, da qual a Ucrânia deverá aceitar a posição de “não alinhamento” e “não nuclear” para um acordo de paz.
A agência Interfax, ainda informou que o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, teria que reconhecer o domínio da Rússia sobre a Crimeia, além dos status das “repúblicas populares” separatistas em Donetsk e Luhansk.
O acordo de paz está paralisado desde que tentativas de negociações foram interrompidas entre os dois países, há algumas semanas depois do começo da guerra.
Médica ucraniana registra horrores da guerra (Vídeo: Reprodução/Youtube)
Ucrânia não vai desistir de território pela paz
Na última quinta-feira (7), em entrevista para a CNN, o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelenskiy, disse que o país não está disposto a ceder suas terras à Rússia, e afirma que nenhuma parte do território ucraniano fará parte de negociações para acabar com a guerra.
Ainda na entrevista exclusiva à CNN, Zelenskiy diz que o povo ucraniano não está pronto para “doar suas terras” ou aceitar que o território faça parte da Rússia. “Essas são nossas terras”, diz ele.
O presidente reconheceu que a Rússia controla quase todo território de Luhansk, mas ele informa que suas forças estão lutando ao redor da região. Porém, ele diz que não compreende o que estão controlando por lá, já que grande parte da cidade se encontra destruída.
Guerra entre a Ucrânia e Rússia
O conflito entre os dois países dura a quatro meses, tendo se iniciado no dia 24 de fevereiro, após o presidente russo Vladimir Putin, autorizar uma “operação especial”, no país. Desde então já são mais de 6,8 milhões de pessoas que deixaram suas casa e cerca de 5 mil civis perderam suas vidas.
Foto destaque: Escola destruida em Luhansk. Reprodução/CNN.