No porto de Santos, foram apreendidos mais de 300 mil cigarros eletrônicos, avaliados em cerca de R$ 23 milhões, em uma rota clandestina que liga a China ao Brasil, Uruguai e Paraguai. A Anvisa proibiu a venda, importação e a propaganda desses dispositivos, mas o contrabando de vapes fica cada vez mais forte, e acaba desafiando as autoridades que proíbem a entrada desses produtos.
Apreensão surpreendente no porto de Santos
A Receita Federal já havia tirado de circulação mais de 1.402 cigarros eletrônicos em 2022. Este ano, a carga apreendida surpreendeu e bateu uma marca histórica: no porto de Santos, as autoridades apreenderam mais de 300 mil vapes. O volume veio de Nansha, na China, e seu destino final era em Montevidéu, no Uruguai.
A equipe de fiscalização achou a carga suspeita após observarem que nas imagens de scanner tinham muitas caixas de ventiladores. Ao abrirem o contêiner, a equipe sentiu um cheiro adocicado como dos cigarros eletrônicos, esses produtos estavam escondidos atrás das caixas. Richard Neubarth, delegado da alfândega, reforçou que sempre deve ser feito a fiscalização em Santos, pois é um dos principais pontos de entrada de mercadorias no Brasil.
Rota de vapes ilegais liga China ao Brasil, Uruguai e Paraguai (Vídeo: reprodução/YouTube/G1)
Rota do contrabando
As cargas apreendidas estavam a caminho do Uruguai, os fiscais desconfiaram, pois a grande parte desses produtos estavam com o destino para o Paraguai. De Lá, os produtos poderiam voltar para o Brasil de uma forma mais fácil.
Richard Neubarth destacou: "O volume que o Paraguai importa hoje é muito grande. Não fica todo no Paraguai essa mercadoria", fala o delegado.
Riscos à saúde
Desde 2009 a venda e o uso de cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil, quando a Anvisa comunicou sobre os riscos à saúde. A gerente de produtos de tabado da Anvisa, Stefânia Piras, falou sobre a gravidade que os vapes podem causar, segundo ela, os níveis de nicotina são maiores aos do cigarro tradicional, e podem causar sérios problemas pulmonares.
Para intensificar o combate de vapes, a Receita Federal implementou novas regras em 2024.
Foto Destaque: Imagem de cigarro eletrônico (Reprodução/Remed)