Não é tão comum sentir tremores de terra no Brasil, mas isso aconteceu nesse domingo (31) no Rio Grande do Norte. Dois tremores de terra foram sentidos no estado. O epicentro aconteceu no Oceano Atlântico.
O primeiro foi de magnitude 2,4 da escala Ritcher, e foi registrado por volta de 0h34. O Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) informou que o tremor foi sentido por moradores do município de Maxaranguape, a 40km de Natal, e também por moradores de Maracajaú, a 50km da capital
Atividade sismíca na dorsal meso-oceânica. (Foto: Reprodução/LabSis)
"Todos foram registrados nessa região de Touros, a um distância de no máximo 30 quilômetros da costa", explicou o professor Aderson Nascimento, do LabSis. O mais forte dos tremores foi sentido na capital do Rio Bravo do Norte, Natal, e cidades do litoral. O tremor foi de magnitude 3,7 na escala Ritcher. O maior tremor já registrado no Rio Grande do Norte aconteceu em 30 de novembro de 1986. O abalo sísmico de magnitude 5.1 fez casas desabarem e milhares moradores deixarem a cidade de João Câmara.
Segundo o professor, os sismos se explicam graças ao movimento não-uniforme das placas tectônicas Sul-Americana e Nazca, o que provoca a reativação das falhas geológicas antigas. Em Borborema, as maiores delas são a de Pernambuco e de Patos. O professor explica que, no passado, quando a América do Sul ainda estava ligada à África, a região de Borborema deve ter tido uma atividade sísmica muito intensa, por conta dessas falhas, que aparecem no Nordeste mais do que no restante do país. Segundo o LabSis, o primeiro tremor registrado nessa região foi de magnitude estimada de 3,5, em 1899. Nos anos seguintes, até a década de 1920, houve atividades sísmicas intensas na região da Bahia, que posteriormente diminuíram.
Foto Destaque : Mapa sismologico do nordeste. Reprodução/Laboratório de Sismologia da UFRN