O relógio do clima, responsável por marcar por quanto tempo ainda haverá temperaturas em níveis mínimos de segurança para a humanidade, chegou ao Brasil neste sábado (22), e passou a ser projetado no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
Pela primeira vez na história, o prazo estabelecido pelo relógio será menor que seis anos, dando um período de 5 anos e 364 dias para que cortes substanciais de emissões de gases-estufa sejam adotados buscando afasta-se das piores situações climáticas possíveis.
“Esse é o liminar crítico, o ponto além do qual as consequências serão catastróficas para a natureza e humanidade”, revelou Natalie Unterstell, presidente do instituto Talanoa, voltado para regulação e riscos climáticos, que lidera a campanha no Brasil.
Além disso, ela também explicou que o “Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas” (Ou IPCC, na sigla em inglês), relacionado à Organização das Nações Unidas (ONU), avaliou que a atmosfera passou a absorver cerca de 400 gigatoneladas de CO₂.
“Com emissões de CO₂ estimadas em 42,2 Gt por ano – equivalente a 1.337 toneladas por segundo – em um nível constante, esse ‘orçamento de carbono’ será esgotado em menos de seis anos a partir de agora. Já o orçamento para ficar abaixo do limite de 2 °C, de 1.150 Gt, seria exaurido em cerca de 23 anos e 9 meses”, declarou.
Outros propósitos para a vinda do relógio climático:
Além de marcar um prazo ambiental, o relógio também procura desenvolver soluções de combate a emergências climáticas que possam ser aplicadas no território brasileiro, tais como: investimento em transporte público elétrico, saneamento básico para a população em geral e zero taxa de desmatamento florestal.
Lugares no mundo que já receberam o relógio:
Após ser exibido em uma projeção de 24 metros na Union Square de Nova York, o relógio passou por diversas partes do mundo, como Londres, Roma, Seul, Tóquio e Pequim.
Na capital fluminense o relógio ficará acesso entre os horários de 17h à 21h.
Foto destaque: Foto/reprodução/instagram/@unatalie