Os estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia e Tocantins estão com áreas em estado de emergência devido à chuva na região nos últimos dias.
Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, e Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, visitaram neste domingo (26), as regiões afetadas pela chuva em Manaus. Góes anunciou construção de casas populares na região Leste Manaus, uma das mais afetadas pela chuva na cidade.
Em Rio Branco, capital do Acre, choveu mais de 75% o espero para o mês de março inteiro durante a quinta-feira (23) e sábado (25), o Rio Acre subiu 16 metros, 2 metros atrás da cota de transbordo. Segundo a Defesa Civil da cidade, 500 pessoas estão desabrigadas e outras 2 mil desalojadas.
Rio Branco permanece em alerta laranja, com previsão de 50 a 100 milímetros por dia e ventos que podem chegar a 100 quilômetros por hora.
Forte chuva em Manaus neste sábado. Vídeo compartilhado nas redes sociais mostra casa sendo arrastadas dentro de um canal pic.twitter.com/b34rSKLfSO
— Notícias do Pará ◣★◥ Portal de Notícias. (@NoticiasdoPARA) March 25, 2023
Casa sendo levada por correnteza em Manaus viraliza nas redes sociais. Reprodução/Twitter
Em Manaus, capital do Amazonas, vídeos de casas desabando ou sendo levadas pela correnteza viralizaram na internet. Em uma das ocorrências uma criança de 4 anos e outra de 8 ficaram soterradas após um deslizamento, os familiares conseguiram resgata-las e elas foram levadas para o Hospital João Lúcio, onde se encontraram estáveis.
No Pará, o Rio Tocantins subiu o dobro do seu nível, atingindo 12 metros.
Em Marabá, Pará, mais de 1.800 pessoas estão desabrigadas, desalocadas ou ilhadas em suas próprias casas. Abrigos foram construídos para alocar estas famílias.
Em Guarajá-Mirim, Rondônia, cerca de quatro aldeias indígenas da Terra Uru-Eu-Wau-Wau ficaram alagadas depois do Rio Pacaás Novos ter subido o nível. Os Indígenas da região usaram de barcos e abrigos improvisados para se protegerem.
O Ministério Público Federal entrou em contato com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e deu um prazo de 72 horas para apresentação de medidas que auxiliem uma das aldeias atingidas, os Karipunas, que sofrem com as enchentes desde o começo da semana.
Lagoa da Confusão, Tocantins, entrou em estado de emergência nesta sexta-feira (24). Devido a um rompimento de um cabo, a energia da cidade foi interditada.
As aldeias indígenas da região estão sendo evacuadas para uma área mais segura.
No Maranhão, cerca de 49 municípios entraram em estado de emergência, com 1.358 famílias desabrigadas e outras 2.954 desalojadas. Ao menos seis pessoas morreram.
Foto destaque: Ministério Público Federal dar prazo de 72 horas para Funais apresentar medidas que auxiliem os Karipunas. André Karipuna/Instituto Humanitas Unisinos